Este trabalho trata-se de uma pesquisa de campo de caráter qualitativo e de nível exploratório, sob o objetivo de investigar o que expressam idosas institucionalizadas, em interações verbais e musicais no decorrer de encontros de Musicoterapia, a respeito da dualidade entre o tempo emocional e o tempo cronológico. A pesquisa foi realizada em uma instituição de longa permanência feminina, na qual ocorreram seis intervenções grupais com idosas de idades entre 66 a 86 anos. Os encontros foram registrados por meio de gravações de áudios, relatórios descritivos e diário de campo. A análise dos dados se deu por meio da técnica de Análise Temática Dialógica. Foram construídos fluxogramas contendo as falas de destaque das participantes acerca do tempo emocional e do tempo cronológico. Na leitura dos dados, emergiram temas como a juventude, a família, o processo de envelhecimento e a música. AMusicoterapia se mostrou uma ferramenta facilitadora do acesso aos tempos emocional e cronológico da pessoa idosa, permitindo o resgate de memórias afetivas e valorização dos conteúdos emergentes.
INTRODUÇÃO:A COVID-19 levou boa parte da população ao isolamento devido ao risco de contágio. A população de pessoas idosas foi uma das mais afetadas. Sendo assim, as oficinas da Universidade Aberta a Pessoa Idosa da Universidade Estadual do Paraná (UAPI-UNESPAR) foram ministradas on line, inclusive as que utilizavam música. OBJETIVOS: apresentar a dinâmica e os resultados da oficina de canto com pessoas idosas: uma proposta interdisciplinar de Musicoterapia e educação não formal. METODOLOGIA: Foram realizados cinco encontros. Utilizou-se notebook, câmera, teclado, violão e vozes. Foram realizados exercícios de aquecimento vocal. Canções foram escolhidas pelo grupo e propostas pelo facilitador: canções infantis, do período da adolescência e juventude dos participantes. Ocorreu aprendizado de canções durante o qual se buscou o tom ideal para que todos(as) pudessem cantar confortavelmente. RESULTADOS: temas, expressões e sentimentos despertados pelas canções eram discutidos e acolhidos: violência, lembranças da ditadura militar, situações da infância, momentos da adolescência foram discutidos. Sentimentos como saudade, amizade, velhice foram vivenciados. Essa forma de atuação com o canto provém da Musicoterapia: o(a) participante escolhe canções vinculadas a sua subjetividade e história e coadunase com a proposta de modalidade de educação não formal, na qual não há uma estruturação prévia de conteúdos. Estes podem surgir a partir da demanda dos participantes e, a partir daí, sistematizar os encontros. CONCLUSÃO: As canções provocaram o surgimento dos conteúdos que foram trabalhados na dinâmica proposta e aceita no e pelo grupo. A experiência mais aceita pelo grupo foi a recriação musical, na qual todos interpretavam a canção escolhida do momento. Este trabalho contribuiu para o levantamento de temas que podem ser estudados de outras formas com pessoas idosas em outras oficinas, palestras e encontros.Palavras-chave: Oficina de música, Musicoterapia, Educação não formal, Pessoa idosa, Universidade aberta a pessoa idosa.
Este artigo apresenta um recorte da coleta de dados de uma pesquisa do mesmo autor intituladaContribuições da Musicoterapia Social e Comunitária no enfrentamento do sofrimento ético político de um grupo de mulheres vítimas de violência doméstica.O objetivo deste recorte é mostrar como a construção de uma composição musical de um grupo de mulheres vítimas de violência doméstica contribuiu para que suas reflexões sobre questões incômodas de seus relacionamentos no cotidiano da casa-abrigo no qual residem. Como forma de intervenção durante a coleta de dados deste recorte, foram utilizados durante as sessões as experiências musicais de Bruscia (2016): audição, recriação e composição musicais. A vertente teórica e prática utilizada para a práxis musicoterapêutica foi a Musicoterapia Social e Comunitária. Essa vertente compreende que a atuação do musicoterapeuta pode transpor o espaço clínico e tradicional, e alcançar limites mais amplos dentro do contexto social onde a influência desse contexto é marcante para os sujeitos inseridos nele. Este estudo revela como que o contexto da casa-abrigo com suas relações e regras influenciam diretamente no estado emocional dos sujeitos em questão e mostra a composição musical do como uma forma de enfrentamento desses aspectos a partir da reflexão dos sentidos e significados vinculados ao referido contexto.Palavras-chave: Musicoterapia Social e Comunitária, sentidos e significados, contexto social.
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