Neste artigo, proponho discutir as inovações de algumas capas de discos de um conjunto de artistas experimentais da MPB nos anos 1970, lançados pela gravadora Continental, sediada em São Paulo. Esses álbuns, cujo design tentou traduzir para o campo visual os projetos estéticos de compositores e músicos, foram inspirados na contracultura, na tentativa de criar novas formas de expressão durante a ditadura militar. Discos de quatro artistas serão analisados: Walter Franco, Tom Zé, Secos & Molhados e Novos Baianos. A capa de disco será pensada não apenas como embalagem comercial, mas como elemento de mediação estética, de gosto e de consumo, dentro do campo midiático da canção.
O objetivo deste artigo é apresentar a cultura nerd como sistema simbólico dinâmico, origem de identificações, ritos e práticas sociais, construído e divulgado pela cultura midiática e seus produtos – quadrinhos, cinema e televisão. A argumentação está ancorada nos conceitos da Semiótica da Cultura (SC). Para isso, são propostos os seguintes passos: apresentar os principais conceitos da SC, especialmente o de semiosfera, de Lótman; caracterizar a cultura nerd, a partir de personagens de filmes e de séries de TV; e relacionar a cultura nerd com a teoria da SC.
ResumoNeste artigo, pretende-se analisar aspectos e características da produção experimental de compositores e grupos da música popular brasileira dos anos 1970, período marcado pela ditadura militar e pela expansão das indústrias midiáticas ligadas ao campo da canção popular (gravadoras e emissoras de TV). Parte-se da discussão teórica sobre experimentalismo feita por Umberto Eco e do conceito de "canção crítica", de Santuza C. Naves, para pensar a "canção experimental". Serão apontadas três linhas gerais da experimentação praticada por esses criadores: 1) relação entre tradição e modernidade, como herança tropicalista, mas efetivada em outro patamar; 2) experimentalismo como exercício estético realizado especificamente na materialidade do código poético e musical da canção visando determinados significados; 3) uso criativo do corpo e da performance como elementos produtores de sentido, em sintonia com a leitura nacional da contracultura.
Palavras-chaveMúsica popular brasileira. Experimentalismo.Contracultura. Anos 1970.
A primeira edição de 2022 da Revista Comunicação Sociedade da Universidade Metodista de São Paulo traz oito artigos, com contribuições de pesquisadores de instituições públicas e particulares de sete estados, das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. São trabalhos que apresentam resultados de projetos de pesquisa com financiamento por agências de fomento estaduais e federais, e tratam de campos tão diversos como o jornalismo local, debates políticos em redes sociais, programas televisivos de auditório, séries documentais em plataformas audiovisuais e cinema ficcional brasileiro contemporâneo.
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