O período inicial da carreira docente é dotado de desafios, visto que o professor está aprendendo o ofício. No entanto, estudos da área têm apontado que grande parte da responsabilidade pelas dificuldades que os docentes iniciantes enfrentam é da formação inicial inadequada e descontextualizada diante da realidade, o que traz desafios à efetivação de uma prática docente eficaz. Diante disto, a presente pesquisa objetivou compreender a efetividade dos cursos de formação inicial frente aos obstáculos enfrentados pelos docentes iniciantes. Para tanto, utilizou-se de um estudo de caso com 16 professores em seus primeiros cinco anos de carreira. A partir da coleta de dados e da análise da percepção dos participantes, foi possível inferir que as contribuições da formação inicial de professores são mínimas e que, em alguns casos, são desconsideradas pelos profissionais. Ademais, foram desnudadas questões inéditas, como os desafios impostos ao professor iniciante no trabalho com alunos da Educação Especial, entre outras, que podem ser discutidas em pesquisas futuras.
Este ensaio se propõe a refletir sobre o contrassenso educacional contemporâneo, que adota e insere, de forma irracional e ideológica, a concepção empresarial na conjuntura educacional brasileira. Para tanto, a discussão toma como ponto de partida um retorno teórico aos princípios gregos e ao ideal de Educação por eles inaugurado, a paideía, como forma de contrastar com o que se tem hoje instituído. Tal esforço intelectual se demonstra necessário, uma vez que a sociedade contemporânea tem se orientado por outros ideais. Sobretudo após a ascensão e consolidação do capitalismo, no início da modernidade, houve um rompimento com a concepção clássica de conhecimento e formação do homem, de modo que a primazia pela dimensão humana de outrora cedeu lugar à instrumentalização do pensamento. Com efeito, essa nova orientação foi acarretadora de mudanças na maneira de se viver, bem como de conceber Educação e escola, já que ambas passaram a se alinhar aos interesses econômicos e técnicos. Contudo, no tempo presente, em que a pandemia da COVID-19 está em curso, este movimento de transformações tem se firmado e se reproduzido de forma ainda mais ampla, mobilizando profundas alterações nos sentidos da Educação e, consequentemente, da escola. A partir das reflexões ocasionadas por este estudo foi possível apreender que as finalidades da escola, antes residindo na noção de paideía e, portanto, comprometida com a formação e emancipação humana, ganha nova roupagem, na contemporaneidade, transformando-se e se invertendo, uma vez que tende a se alinhar com a racionalidade técnica e econômica que rege o mundo moderno.
O objetivo deste relato de experiência é refletir sobre a sociedade atual, que se encontra fortemente marcada pelo advento das tecnologias. Para tanto, parte de discussões da disciplina de Educação e Conhecimento na Contemporaneidade do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Universidade Estadual de Goiás (UEG) - Inhumas, no ano de 2021/1. O relato perpassa pela conceituação do corpo social, seus aspectos históricos e o pensar/refletir sobre as questões contemporâneas que permitiram que essa coletividade fosse conhecida hoje por termos polissêmicos, como sociedade da informação, sociedade do conhecimento, sociedade tecnológica, entre outros tantos que lhe são atribuídos no século XXI. A partir disso, foi possível movimentar o pensamento no sentido de aprofundar conhecimentos, o que, por sua vez, resultou neste relato.
Essa obra apresenta uma escrita com enfoque no gênero textual carta, que pressupõe a existência de um remetente e um ou mais destinatários. Neste contexto específico, o remetente é Débora Diniz, uma professora universitária da Universidade de Brasília, envolvida em inúmeros assuntos e movimentos voltados ao feminismo, à educação, igualdade, gênero, aborto, saúde, entre outras causas. Em função de seus posicionamentos e do exercício de seu direito de livre expressão, tem sido fortemente atacada e ameaçada, de modo que se encontra em exílio, residindo hoje em Nova York.Cronologicamente, a obra foi escrita em 2012, período que já vem de um crescente no acesso ao nível superior, especialmente, em universidades públicas. Entende-se que sua produção atende a um público amplo, porém, supõe-se que será mais apreciado por alunos do nível superior, que estejam em fase de reflexão e produção dos trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses.Os objetivos de Débora são bem delimitados: orientações às suas futuras orientandas ou, como ela prefere nomear, as futuras aprendizes de escritora. Com esse objetivo claro, a obra é organizada em doze capítulos, incluindo a parte final que discorre sobre a autora, os quais se resumem a três momentos da orientação: a) o antes da orientação; b) o primeiro encontro e; c) o percurso posterior ao primeiro encontro, que concentra maior número de capítulos.É uma obra escrita em primeira pessoa, demarcada com a utilização de uma linguagem que varia entre o formal e o informal, dotada, em alguns momentos, de sentimentos e experiências pessoais, aspectos característicos de uma carta. Deste modo, a autora se resguarda de um texto com linguagem especificamente científica e técnica, tornando-o um texto de leitura fácil e prazerosa, bem como de passagens divertidas e reflexivas. Na verdade, Diniz se limita a uma conversa fluída sobre os sentimentos, ideias, conselhos e desacertos que perpassam uma orientação, tanto da perspectiva da orientadora, quanto da orientanda. Em concordância a isso, em alguns momentos da leitura, é explicitado que a intenção da obra não é apresentar uma
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