Utilização do cuidado popular por egressos de unidade de terapia intensiva neonatalUse of popular care by discharged patients of a neonatal intensive care unit Utilización del cuidado popular en niños salidos de unidades de cuidados intensivos neonatales
Objetivo: Compreender os caminhos percorridos por mães e cuidadoras na busca pelo cuidado de crianças egressas de unidades neonatais. Métodos: Estudo qualitativo e exploratório, realizado entre maio e junho de 2018, com mães e cuidadoras de crianças nascidas entre 2014 e 2015, egressas de duas unidades neonatais públicas de uma capital do Nordeste brasileiro. Realizaram-se 14 entrevistas semiestruturadas, e se utilizou análise de conteúdo na modalidade temática. Apreenderam-se três categorias que evidenciam possíveis caminhos percorridos para o cuidado, perpassando, em sua maioria, pelos três setores: “O setor informal como ponto de partida para o cuidado”, “O uso do setor popular como prática de cura”, “O uso do setor profissional: alternativa para consulta”. Resultados: O setor informal foi o mais relatado pelas cuidadoras. Em geral, a primeira escolha era pela automedicação orientada de forma transgeracional, pelas avós. O uso do setor popular foi influenciado pelo conhecimento prévio das famílias e sua percepção do processo saúde-doença. A cultura biomédica perpassou os três setores e influenciou na construção do itinerário terapêutico. No setor profissional identificou-se vínculo frágil, principalmente na atenção primária. Conclusão: Os caminhos percorridos por mães e cuidadoras de egressos de unidades neonatais apontaram sobreposição da medicalização em detrimento dos saberes populares. Acolher e manejar os repertórios sociais e culturais das famílias pode contribuir para fortalecer vínculos terapêuticos com o setor profissional. A Atenção Primária à Saúde precisa ser fortalecida para garantir a qualificação do cuidado às crianças.
Pacientes à espera de um transplante renal enfrentam situações complexas que ultrapassam o processo biológico. Assim, objetivou-se conhecer sentimentos e expectativas de pacientes com Doença Renal Crônica em relação ao transplante renal. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, com pacientes em diálise, em um Hospital Universitário. Foram utilizados um questionário para caracterização socioeconômica e um roteiro de entrevista semiestruturada. A amostra atendeu ao critério de saturação. Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo na modalidade temática. Da análise, emergiram duas unidades temáticas: sentimentos provocados pela espera, destacando-se impotência, ansiedade, angústia, instabilidade e desmotivação; e expectativas de mudança após o transplante, com melhor qualidade de vida, fim da dependência da hemodiálise e retorno ao trabalho. A possibilidade de reintegração social, retorno ao trabalho ou a chance de não estar à mercê dos sintomas associados à diálise tornam o transplante principal fonte de esperança do portador de DRC.
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