Os crioulos de base lexical portuguesa foram, na maioria dos casos, línguas orais até ao século XIX, quando começaram a surgir as primeiras recolhas de tradições orais, textos e traduções. Como lhes falta uma tradição escrita robusta e generalizada, a nossa recolha e descrição abrangem, além de antologias, materiais que, não sendo antologias no sentido restrito, resultam de um trabalho de compilação de fontes escritas ou orais.
A partir do século XVI, a língua portuguesa teve grande difusão um pouco por toda a Ásia e o Pacífico, sobretudo em consequência de dinâmicas de expansão colonial mas também por outras vias, tais como a imigração. Este capítulo apresenta e ilustra a diversidade de contextos de contacto linguístico que este facto motivou, bem como os seus principais resultados: os empréstimos mútuos (sobretudo lexicais) entre o português e as línguas da região; a influência duradoura do português nas línguas de contacto posteriormente estabelecidas em contexto colonial; e o desenvolvimento de variedades asiáticas do português, muitas vezes em paralelo e articulação com o de línguas crioulas de base portuguesa, dando relevo às que subsistem, ao panorama atual dos estudos científicos sobre estas variedades e aos domínios de investigação em aberto.Keywords: novas variedades de português, contacto linguístico, línguas crioulas, Ásia, expansão linguística IntroduçãoA língua portuguesa tem um envolvimento longo e diversificado com várias partes do continente asiático e do Pacífico. As situações de contacto linguístico que aí se estabeleceram, aliadas a contextos socio-históricos bastante díspares, resultaram num conjunto complexo de variedades linguísticas (L1, L2, pidgins, crioulas), muitas vezes coincidentes no espaço e no tempo. Este capítulo não pode dar conta de toda esta complexidade em pormenor, mas procura apresentar em traços gerais não apenas os contextos sociolinguísticos em que o português se implantou como também os principais resultados do contacto linguístico que aí estabeleceu; para complementar as questões aqui abordadas, recomenda-se a consulta de fontes como Lopes (1936);Barbosa (1969);Paiva Boléo (1974);Loureiro (1992); Thomaz ( 2 1990); Baxter (1996); e Tomás (2008).A secção 2 é dedicada à cronologia da expansão do português pela Ásia e às dinâmicas sociolinguísticas que a suportaram. Na secção 3, aborda-se o impacto do português nas diversas línguas da Ásia, impacto esse que tem nos empréstimos lexicais a sua expressão mais evidente mas, nalguns casos, implicou também influAgradecimentos: O autor expressa o seu agradecimento a Alan N. Baxter, a Susana Afonso e às editoras do volume pelo seu auxílio e comentários.
In this article I compare and contrast the comparative constructions in the Luso-Asian Creoles, establishing their similarities and dissimilarities with Portuguese as well as with all the most relevant adstrate languages. Through a detailed look at a particular construction, this study aims to uncover the various creoles’ degree of reliance on either lexifier or adstrate models and unearth potential links between them. The results of this study are then articulated with a number of comments previously made about the Luso-Asian creoles in particular (such as their interrelatedness, and the perceived impact of socio-historical differences on linguistic structure) and language contact in general (such as the role of congruence in the selection of linguistic features).
No abstract
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.