Recent works on economic growth stress the importance of institutions as the main determinant of productivity growth. Yet, this literature disregards the effects of demand growth on productivity growth, as suggested by Kaldor–Verdoorn’s law. The objective of this paper was to test the direct and indirect impacts of institutions on productivity growth, controlling for human and physical capital, as well as for demand growth. Tests were performed for Brazilian municipalities and two measures of institutions were explored. Instrumental variables were used to cope with the endogeneity between economic performance and institutions. The regression results suggest that both supply-side factors and demand growth are important to explain productivity growth. Most importantly, by considering the interaction between demand growth and institutions, the results indicate that in municipalities with inclusive institutions and higher human capital, productivity growth responds more strongly to demand growth.
O objetivo do trabalho é apresentar uma perspectiva crítica à ideologia do “não há alternativa” presente no Novo Regime Fiscal para a dinâmica de curto e longo prazo da economia brasileira. Para tanto, o trabalho inicialmente analisa a situação dos principais agregados macroeconômicos da economia brasileira no triênio 2014-2016, destacando a recessão e o problema fiscal. Em seguida, analisam-se criticamente dois elementos: o primeiro, mais associado ao longo prazo, refere-se a distribuição de recursos no orçamento e os impactos nos gastos em capital humano (educação e saúde) e, o segundo (curto prazo), refere-se ao argumento de Meirelles de que a política fiscal tornar-se-á anticíclica e que, além disto, promoverá o crescimento econômico. No primeiro caso, demonstra-se que os graus de liberdade para as realocações orçamentárias são mínimos e que o “teto dos gastos” na verdade pode acabar reduzindo drasticamente a oferta de serviços públicos, sobretudo em educação superior e no financiamento a atividades de inovação, o que significa a reafirmação da condição de subdesenvolvimento. No segundo caso, demonstra-se que a introdução de rigidez (inércia) na economia pode mitigar o mecanismo fiscal supostamente anticíclico, especialmente em um quadro recessivo. Por fim, apresenta-se uma perspectiva crítica do “modelo” econômico presente no diagnóstico que embasou o novo regime fiscal. A conclusão é de que as soluções propostas para resolver a crise fiscal e econômica são questionáveis e configuram uma aposta altamente arriscada.
O objetivo do presente trabalho é investigar a relação entre inflação e volatilidade de preços e a presença de rigidez nominal para a economia brasileira após a adoção do Plano Real (julho de 1994 a maio de 2016). Para isso, calcula-se a volatilidade de preços relativos para as 11 capitais consideradas pelo IPCA e divide-se o período pós-Real até 2016 em três subperíodos, de acordo com as especificidades macroeconômicas identificadas. Os resultados das estimações sugerem que existe uma relação positiva entre a variação do nível de preços e a volatilidade de preços relativos da economia brasileira. Ademais, as estimações mostram que: a) a intensidade dessa relação se reduziu sistematicamente após o Plano Real; b) a adoção do sistema de metas de inflação contribuiu para a redução da volatilidade de preços relativos; e c) não há evidência de rigidez nominal para os três subperíodos, mas há evidência para o período todo.
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A inflação das economias latino-americanas da década de 1950 fora explicada por duas vertentes teóricas; a monetarista e a estruturalista. Uma explicação alternativa à esta controvérsia é a de Ignácio Rangel no livro A Inflação brasileira de 1963. Utilizando categorias marxistas e keynesianas, tal contribuição não é largamente difundida na historiografia do pensamento econômico brasileiro. O objetivo deste texto é resgatar a interpretação rangeliana sobre a inflação brasileira frente às contribuições dominantes à época. Especificamente, procurou-se introduzir a crítica rangeliana às visões monetarista e estruturalista, tal como discutir a teoria original desenvolvida por Ignácio Rangel para explicar a inflação brasileira.
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