O objetivo deste artigo é, primeiro, apresentar e considerar as críticas de Paley com mais detalhes e, em seguida, discutir algumas das aplicações significativas da fenomenologia que muitas vezes foram negligenciadas pelos pesquisadores qualitativos. Como foi amplamente demonstrado ao longo dos anos, a fenomenologia pode não apenas fazer a diferença no manuseio, análise e interpretação dos dados disponíveis, mas também em como os dados são obtidos em primeiro lugar, por exemplo, através de técnicas especiais de entrevista. Consideraremos algumas figuras centrais da psicologia fenomenológica clássica e da psiquiatria fenomenológica e apresentaremos alguns dos desenvolvimentos mais recentes na ciência cognitiva. Em seguida, discutiremos três casos concretos que demonstram como a fenomenologia foi aplicada no trabalho clínico com pacientes com esquizofrenia, paralisia cerebral e negligência hemispatial.
Sobre a Certeza (1969) de Ludwig Wittgenstein carrega considerações importantes sobre como justificamos nosso conhecimento. Em particular, a obra nos apresenta às assim chamadas hinge propositions. Diante da multiplicidade de interpretações desse conceito, encontramos de maneira pervasiva a discussão sobre se elas implicariam em um fundacionismo. Se as ideias presentes nos trabalhos da fase madura de Wittgenstein são comumente consideradas anti-fundacionistas, então por que esse não seria o caso também em Sobre a Certeza? Por um lado, autores como Stroll (1994) compreendem que há um tipo de proposta fundacionista. Por outro, autores como Williams (2005) defendem o anti-fundacionismo. A partir da análise de ambas as posições, argumentamos que uma leitura anti-fundacionista é mais adequada. Por fim, possibilitados pelo anti-fundacionismo, apresentamos nossa leitura antidogmática cujo objetivo é ressaltar que a obra tem como propósito nos ensinar a fazer filosofia sem ignorar ou desqualificar a diversidade de culturas e perspectivas existentes.
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