Resumo: esse artigo objetiva criar diálogos e possíveis encontros entre os métodos de pesquisa dos estudos dos cotidianos e da cartografia. Isso se fez a partir da experiência de duas pesquisas intituladas "Homens trans(bordados): experiências juntas e misturadas na produção de outras masculinidades" e "Gênero e sexualidades em cartaz na formação de professores/a". Com esses estudos foi possível vislumbrar que outros modos de pesquisar são possíveis e precisam ser construídos para além do paradigma científico da racionalidade. Por fim, concluímos que o método cartográfico e do cotidiano possuem encontros nas seguintes dimensões: sujeito/objeto; neutralidade/objetividade e critério de verdade. Palavras-chave: Cartografia; pesquisas nos cotidianos; métodos de pesquisas. Introdução As formas como produzimos conhecimento e os métodos aplicados em sua busca tendem e continuam a mudar ao longo do tempo. Até a Idade Média, por exemplo, o conhecimento era considerado divino, obra de seres iluminados que tinha a capacidade de dizer e divulgar a verdade ao mundo. Com a dogmatização da ciência, passa a ser um conhecimento que existe apenas por aquilo que pode ser testado, comprovado, medido, quantificado, experimentado. Assim, o rigor científico deveria estar fundado no rigor matemático, um rigor que quantifica e que, ao quantificar, desqualifica, um rigor que, ao objetivar os fenômenos, os caricaturiza. É, em suma e finalmente, uma forma de rigor que, ao afirmar a personalidade do cientista, destrói a personalidade da natureza (SANTOS, 2000, p. 73).
Esta investigação problematiza a possibilidade de se experimentar outrasformas de formação, em especial sobre a temática de gênero e sexualidade,a partir da interseção com o cinema. Para tanto, foi realizada uma formaçãodocente no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Sexualidades da UniversidadeFederal do Espírito Santo com um grupo de onze professores/as dediferentes escolas e que possuíam distintos cursos de licenciaturas. Foramrealizados 10 encontros que totalizaram uma carga horária total de 30 horas.Entre os principais resultados obtidos está a afirmação da necessidade deespaços formativos que potencializem a troca de experiência compartilhadae que aumentem a potência de existir. Além disso, foi observado queexistem algumas condições que fazem parte de uma formação, comoconfiança, disponibilidade, sintonia, grupalidade e interesse.
A CONEXÃO ENTRE CINEMA E EDUCAÇÃO: POR UMA PEDAGOGIA DAS AFECÇÕES
Este artigo objetiva transitar pela trajetória das principais concepções de currículo, e abordar como cada uma esteve vinculada com determinado uso das tecnologias. O intuito é problematizar os usos instrumentais e acríticos das tecnologias que são praticados nos currículos. Em contraposição a essa proposta, é defendido que tanto os currículos, quanto as tecnologias podem ser entendidas por meio de sua dimensão cultural, quer dizer, de prática de significação. De natureza teórica, este estudo foi desenvolvido estabelecendo redes de conversa com pensamento freireano e autores do campo do currículo e da filosofia da tecnologia, na tentativa de problematizar as principais tradições curriculares e as diferentes concepções e usos da tecnologia. Ao final, propomos o que denominamos de práticas tecno-curriculares, a partir de uma perspectiva pós-estrutural, as quais podem ser compreendidas como um conjunto de práticas curriculares que se fazem dos usos das tecnologias, e estão implicadas com os processos simbólicos que fabricam conhecimentos, significados, territórios existenciais, desejos, e tudo isso, permeado por relações de poder.
Este artigo objetiva problematizar a experiência do fora por meio da videoarte. Essa proposição implica compreender que a arte do vídeo pode ser um “veículo” potente para acionar devires da subjetivação que tem modificado os modos de experimentação de si e do mundo. Para tanto, é abordada as temáticas do virtual e da imagem-tempo a partir do pensamento de Deleuze (1987; 1988; 1990). Além disso, foi realizada uma análise dos territórios sensíveis da obra videográfica Mannequin Death (2016) de John Miller e Richard Hoeck. Concluímos, ao final, que devido as imagens de uma videoarte serem regidas sob o signo do inacabamento – uma obra-processo em que a plasticidade ganha lugar, características da vida, se instaura a possibilidade para transitar por uma experiência fora do sujeito nas dimensões do virtual. O que ocorre é um outro agenciamento com espectador em que há múltiplas produções de sentidos e linguagens sem pretensão de estabelecer sistemas de representação.
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