( l ) Recebido para publicação a 26 de agosto de 1981. No solo, o teor de carbono em equilíbrio com determinado tipo de vegetação é função das adições e da taxa de decomposição da matéria orgânica. Essa relação pode ser expressa pela fórmula: c -bm/k, onde c é a quantidade de carbono orgânico em equilíbrio no solo (t/ha) ; b, a quantidade anual de matéria orgânica (%) adicionada ao solo; m, a taxa de conversão, do material orgânico fresco em carbono orgânico do solo (t/ha), e k, a taxa de decomposição anual da matéria orgânica [%) (5).A taxa de decomposição da matéria orgânica varia em função das condições de temperatura e umidade. Para idênticas adições, quanto mais frio e úmido for o local, menor é essa taxa e, portanto, maiores teores de matéria orgânica deverão ser encontrados no solo. Contudo, mesmo em condições semelhantes de clima, drenagem e manejo, é comum observar considerável variação nos teores de húmus, isto porque os solos têm diferentes capacidades de retenção e proteção à decomposição da matéria orgânica, em função de suas superfícies específicas, ou seja, quanto maior for esta superfície, mais húmus poderão adsorver e proteger (1). Como GROH-MANN (3) encontrou, para solos de São Paulo, positiva relação entre superfície específica e quantidades de argila, é de esperar que os teores de matéria orgânica estejam relacionados com a textura do solo, desde que sejam semelhantes clima, tipo (ou atividade) de argila, vegetação, manejo e drenagem. De fato, LEPSCH (4) encontrou