de ocupação. Quando a ocupação está consolidada, a produção de sedimentos tende a decrescer em decorrência da redução de obras e alterações contínuas ao solo (TUCCI & COLLISCHONN, 1998), o que ainda não ocorre na área de estudo, já que a urbanização no local está em franco crescimento.O presente trabalho consiste em uma análise, por meio de um cálculo da variação percentual, realizada no período de 2011 a 2019, referente ao transporte de sedimentos em uma microbacia urbana, a microbacia do Prosa, localizada na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a qual se encontra em contínuo desenvolvimento urbano. A ferramenta utilizada para obtenção de imagens de satélite foi o software GOOGLE EARTH PRO® na versão 7.3.3 (GOOGLE, 2020), distribuído pela empresa Google gratuitamente. MATERIAIS E MÉTODOS Caracterização daÁrea: Hidrografia Regional De acordo com o Perfil socioeconômico (2019), o Município de Campo Grande está predominantemente localizado na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, tendo também uma porção de seu território na Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai. Seu principal curso d'água é o Rio Anhanduí, que tem como principais contribuintes os córregos Segredo, Prosa, Bandeiras, Bálsamo, Lageado, entre outros.

Em 29 de outubro de 1985, deu-se início a ocupação da Fazenda Annoni, na região norte do Rio Grande do Sul, que mobilizou 1.500 famílias, tornando-se assim um destaque na história da luta pela terra e pela Reforma Agrária, tanto pelo número de famílias envolvidas, como por ter sido o mais longo conflito vivenciado naquele período, estabelecendo as bases para a consolidação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra -MST. Desde a ocupação, acampamento, assentamento provisório ao definitivo foram cerca de oito anos, marcados pela espera, organização e luta, circunstâncias estas que viabilizaram o exercício de muitas experiências nesse âmbito (BONAVIGO e BAVARESCO, 2008).A partir da formação do assentamento, este representou um novo momento para as famílias, significando a conquista da terra e dando início a uma nova etapa da luta. Tratava-se de resistir e permanecer na terra, a partir da estruturação da produção agrícola, por meio da cooperação (mutirões, associações, cooperativas) e de lançar as bases para o surgimento de uma nova comunidade. Ao final, foram desapropriados aproximadamente 9 mil hectares e 420 famílias foram assentadas