As espécies de fungos do gênero Pyricularia estão associadas à doença brusone em plantas da família Poaceae. Pyricularia oryzae é a espécie de maior incidência e distribuição mundial, causando perdas em culturas de importância econômica como arroz, aveia, centeio, cevada, trigo e triticale. Dessa forma, este estudo teve como objetivo caracterizar o espectro de patogenicidade do P. oryzae no trigo e plantas invasoras nos hospedeiros de trigo, braquiária, arroz e cevada. A pesquisa foi conduzida em laboratório e casa-de-vegetação na Universidade Estadual de Goiás, no Campus de Jataí. Foram testados dez isolados de Pyricularia spp. obtidos em amostras de folhas infectadas de plantas invasoras de campos de trigo. De acordo com os resultados, concluiu-se que os isolados de Pyricularia oryzae testados foram patogênicos a trigo, cevada, arroz e braquiária, com diferenças na agressividade. As espécies de Urochloa spp. representam fonte permanente de inóculo inicial de P. oryzae patótipo Triticum entre as épocas de cultivo de trigo. Os isolados de P. oryzae originados de Panicum maximum e Cenchrus echinatus infectaram também trigo e os demais hospedeiros estudados.

O milho é um produto muito suscetível à contaminação por fungos, muitas vezes facilitada pelas condições de armazenagem dos grãos. O trabalho teve como objetivo identificar, quantificar e avaliar a ocorrência de fungos e a incidência de micotoxinas (aflatoxina e zearalenona) em grãos de milho armazenados e na pós colheita. Foram coletadas quatros amostras, sendo duas em um silo de armazenamento (Silo Bag) de grãos e as outras duas amostras após a colheita do milho em fazendas na cidade de Jataí / GO. De acordo com os resultados obtidos os fungos A. flavus, F. moniliforme, F. roseum, e Penicillium spp foram identificados nas amostras analisadas. Foi constatada a presença de aflatoxinas nos grãos de milho coletado após a colheita, em níveis superiores ao limite oficial (20 µg/kg) permitido pela legislação brasileira.