O presente artigo busca debater a heterogeneidade que historicamente marca as relações internacionais da América Latina tanto no âmbito nacional quanto no âmbito regional. A proposta é trabalhar a referida heterogeneidade como um fator a ser explicado e como um fator explicativo. No que diz respeito à heterogeneidade como fator a ser explicado, buscaremos as causas de tal fator na condição periférica dependente do continente. Com relação à heterogeneidade como fator explicativo, utilizaremos a heterogeneidade para explicar os entraves à integração regional, ao revisitarmos os paradigmas das propostas na região (velho regionalismo, novo regionalismo e regionalismo pós-liberal) e apontarmos a diversidade de interesses/contextos/desafios, em cada período, nos âmbitos nacional, regional e internacional.
When facing the COVID-19 pandemic, what was key to governments’ response velocity throughout Latin America? The region had more information on what to do to prevent the disease from spreading itself and social isolation was the most recommended measure to avoid contamination. Still, Latin American countries varied greatly on how fast they adopted strict social isolation measures. We deploy an explanatory work on which institutional designs collaborates with higher delay in governments’ adoption of these measures. Among the institutional variables considered, we find that our variable of interest (delay) correlates strongly and positively with democracy, negatively with concentration of power, and positively with GDP per capita. These might suggest that autocrats faced less institutional and moral constraints to act, while democratic leaders dealing with pluralism and accountability faced higher costs to implement such measures. Due to the small sample, we next investigate ’ experience looking for examples for the found correlations.Keywords: Government’s delay; COVID-19; Political Institutions
Neste ensaio teórico, buscamos construir o conceito ampliado de autonomia estatal para, a partir dele, entendermos a integração regional como ferramenta fundamental para a superação do subdesenvolvimento e da dependência dos Estados latino-americanos.
O objetivo do presente ensaio teórico é o de refletir sobre os desafios da integração regional da América do Sul, a partir das mudanças operadas em um dos seus principais pilares: o Mercosul. Dessa forma, através de uma análise bibliográfica e documental, buscamos, em um primeiro momento, entender os significados atribuídos pela literatura à integração regional periférica. Em um segundo momento, analisamos a trajetória do Mercosul à luz dos ideais de autonomia e desenvolvimento, enquanto expressão dos anseios de libertação de autores do pensamento latino-americano sobre integração regional. Concluímos que, apesar dos esforços dos governos progressistas dos últimos vinte anos em trazer de volta ao bloco os tradicionais objetivos de autonomia e desenvolvimento, alinhados ao retorno das agendas social e nacional no plano interno desses países, o Mercosul continua a revelar a preponderância do elemento mercantil que o caracterizou na sua origem com o Tratado de Assunção.
ResumoO objetivo do presente trabalho é discutir os diferentes modos de entender o desenvolvimento periférico que tiveram expressão nas variadas experiências de integração na América do Sul a partir de meados do século XX. Buscamos, em um primeiro momento, entender os significados atribuídos pela literatura à integração regional, bem como à noção de desenvolvimento. Em um segundo momento, analisamos a trajetória do regionalismo sul-americano à luz dos conceitos e ideias trabalhados na seção anterior, evidenciando uma prevalência da noção de desenvolvimento exógeno nas experiências integracionistas. Concluímos que, apesar de que com o tempo a noção de desenvolvimento tenha evoluído para um conceito muito mais complexo do que o mero crescimento econômico, o olhar mercantilista e liberal tem predominado nos objetivos dos processos integracionistas sul-americanos. AbstractThe objective of this paper is to discuss the different ways of understanding the peripheral development that have been expressed in the varied experiences of integration in South America from the middle of the XX century. We seek, at first, to understand the meanings attributed by the literature to regional integration, as well as the notion of development. In a second moment, we analyze the trajectory of the South American regionalism considering the concepts and ideas worked in the previous section, evidencing a prevalence of the notion of exogenous development in the integrationist experiences. We conclude that, despite the fact that over time the notion of development has evolved into a much more complex concept than mere economic growth, the mercantilist and liberal outlook has predominated in the objectives of South American integration processes.
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