A indústria farmacêutica é tradicionalmente classificada na literatura como um oligopólio baseado em conhecimento, sendo sua dinâmica função direta dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Este artigo se propõe a analisar de forma integrada o impacto dos financiamentos com créditos subsidiados concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Agência de Brasileira de Inovação (Finep) sobre a criação de novas capacidades tecnológicas nas empresas farmacêuticas brasileiras, entre os anos de 2006 e 2018. A avaliação qualitativa sobre os efeitos dos recursos na constituição de competências técnicas é feita ao nível da firma, por meio das informações dos projetos financiados pelas instituições de fomento e pelos indicadores produzidos a partir da pesquisa de inovação brasileira. A conclusão é de que os créditos públicos para inovação contribuíram para modernizar o parque produtivo e, em menor escala, para as empresas alcançarem melhores níveis de capacidades tecnológicas.Palavras-chave: financiamento da inovação; capacidades tecnológicas; indústria farmacêutica.
A partir dos anos 2000, o Brasil retomou uma agenda de política industrial tendo como um dos seus focos prioritários o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS). A indústria farmacêutica foi um dos setores mais atendidos por programas governamentais voltados à promoção da capacidade produtiva e de inovação. Este artigo analisa os efeitos dessas políticas sobre a estrutura produtiva e de inovação das empresas farmacêuticas, tendo em vista o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Brasileira de Inovação (Finep). A partir de uma análise qualitativa da estrutura produtiva da indústria farmacêutica entre os anos 2007 e 2018, e do déficit estrutural na balança comercial de medicamentos acabados, o artigo faz uma análise exploratória sobre o alcance das políticas de apoio ao setor no sentido de ampliar a capacitação tecnológica das empresas. A metodologia está baseada numa avaliação qualitativa de alguns indicadores que consideram a mudança na dinâmica produtiva do segmento farmacêutico. Conclui-se que as políticas implementadas tiveram impactos limitados, pois a produção industrial não demonstrou um padrão de crescimento sustentável na produtividade do trabalho das empresas farmacêuticas financiadas. Assim, elevados recursos públicos, sobretudo de financiamento, não se traduziram em ganhos de eficiência nas empresas, derivados da incorporação de tecnologias, que pudessem afetar a produção e a produtividade do trabalho. palavras-chave: política de inovação; indústria farmacêutica; produção industrial; produtividade do trabalho.
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