O efeito positivo da alta nos preços das commodities agrícolas não é suficiente para explicar a totalidade dos efeitos positivos trazidos pelo “Milagrinho” promovido pelo governo Lula (2003-2010). A maior entrada de divisas e a formação de reservas cambiais via comércio internacional sedimentaram, no primeiro momento, as condições para a dinamização do mercado interno. O setor agrícola, por sua vez, tem sua importância confirmada não só pelos indicadores econômicos como também pela diplomacia comercial da administração petista em foros multilaterais internacionais, como é o caso da atuação brasileira na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). Com o objetivo de entender a conexão entre o cenário externo otimista para as economias exportadoras de commodities e seu impacto para as decisões políticas do governo Lula, realizou-se um estudo de caso sobre a administração lulista e foi verificado que políticas de estímulo ao consumo e investimentos públicos atrelados a facilitação do acesso ao crédito, valorização do salário mínimo e criação de programas de transferência de renda, deram a tônica aos avanços sociais alcançados, principalmente, no segundo mandato do governo Lula.Palavras-Chave: Commodities; Exportações; Crescimento; Mercados.
O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre o ensino de História das Relações Internacionais nos cursos de graduação em Relações Internacionais no Brasil a partir da análise de Planos de Ensino Aprendizagem coletados entre os anos de 2015 e 2018. Por meio do exame do conteúdo de tais Planos, em especial das temáticas ministradas, da bibliografia utilizada e do perfil dos docentes, espera-se oferecer uma contribuição para o aperfeiçoamento do magistério em nível superior, para o desenvolvimento de novas agendas de pesquisas na área e para a relativização de obstáculos, como o etnocentrismo e o viés de gênero, no planejamento didático-pedagógico.
O problema do desenvolvimento da América Latina no século XX foi responsável por calorosos debates na sociedade internacional. O projeto de poder norte-americano na época da guerra fria prometia a repetição de sua experiência industrial, através da Teoria da Modernização, visando garantir a segurança estratégica de sua zona de influência no continente. O surgimento do Estruturalismo no seio da CEPAL, todavia, representou uma grande inovação para o pensamento desenvolvimentista, colocando em xeque muitos dos preceitos universalizantes da ortodoxia dos teóricos norte-americanos. Dentre seus representantes, a obra de Celso Furtado colocou-se como uma das mais significativas para entender os diagnósticos estruturalistas sobre o desenvolvimento na região. O foco sobre as particularidades econômicas e o impacto que a assimilação do progresso tecnológico tinha nas estruturas econômicas latino-americanas colocaria por terra a crença de que o subdesenvolvimento seria a fase inicial para o fim desenvolvimentista no modelo dos países cêntricos. Embora seu pensamento representasse uma ruptura com os teóricos da modernização, seu modelo ainda carregava elementos de análise comuns aos parâmetros do centro. Tendo esse problema em vista, o pensamento de Aníbal Quijano coloca-se como instrumento necessário para ampliar o foco de análise da realidade latina. O papel da “colonialidade do poder” e a necessidade de construção de uma “racionalidade alternativa” são colocados como fachos de luz para pensar as limitações que o pensamento estruturalista apresentou para entender as razões do subdesenvolvimento. Diante disso, o presente artigo tem por objetivo promover um diálogo entre esses dois pensadores latino-americanos para entender o atraso estrutural da região.
Como a pandemia de COVID-19 impacta a cadeia mundial de suprimento de alimentos? A catástrofe pode trazer à tona os perigos do isolacionismo, do protecionismo e do unilateralismo para a estabilidade do Sistema Internacional. Emerge a possibilidade de os governos implantarem barreiras a exportações para se prevenirem de eventual desabastecimento doméstico. A partir de uma análise de conjuntura, com base em pesquisas e dados preliminares, o artigo mostra que a concentração da produção agroalimentar, somada à ideia de segurança alimentar baseada no comércio internacional, contribui para a alta vulnerabilidade de países em desenvolvimento dependentes da importação de alimentos.
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