A uva é uma fruta amplamente aceita pelos consumidores, além de ser produzida em larga escala no Brasil. Entretanto é uma cultura muito suscetível a perdas em pré-colheita ocasionadas por doenças e, entre elas, pode-se citar a podridão cinzenta do cacho, cujo agente causal é o fungo Botrytis cinerea. A busca por formas alternativas para o controle desse patógeno pode minimizar o uso de agrotóxicos, garantindo um alimento mais seguro. Objetivou-se avaliar o potencial antifúngico in vitro do extrato alcoólico de própolis, álcool de cereais e óleo essencial de manjericão (Ocimum basilicum), autoclavados ou não, sobre o crescimento micelial de Botrytis cinerea, ao longo do tempo de exposição. Os tratamentos avaliados foram: extrato alcoólico de própolis e álcool de cereais, ambos nas concentrações 0, 2,5, 6,25, 12,5%; e óleo essencial de manjericão, nas concentrações 0, 0,25, 0,50, 1%. Para a obtenção do crescimento micelial foram realizadas medidas em sentidos diametralmente opostos, com um paquímetro digital, durante 0, 24, 48, 72, 96, 120 e 144 h de exposição, para o cálculo da taxa de inibição do crescimento micelial (ICM, %). O experimento foi realizado em duplicata, sendo os tratamentos dispostos em esquema fatorial 4x7 (concentrações x tempos) e os dados foram analisados por comparação de médias (teste de Tukey, p ≤ 0,05), desdobrando a interação, quando significativa. Todos os tratamentos contendo óleo essencial de manjericão autoclavado e não autoclavado foram eficientes na inibição do crescimento micelial de B. cinerea. A autoclavagem do extrato alcoólico de própolis proporciona maior eficácia para o controle do patógeno do que a não autoclavagem. Para o álcool de cereais, a autoclavagem interfere na eficiência de controle de B. cinerea.