A experiência vivida em um meio hospitalar pode ser frustrante, impactante e, por muitas vezes, inseguro para pacientes, familiares e trabalhadores. Tal afirmação pode ser motivada pelas estruturas físicas dos ambientes hospitalares que por negligência projetual a algumas normas, não favorecem a percepção de segurança de seus usuários, passando a ser compreendidos como locais inseguros e estressantes. Contudo, mudanças em paradigmas culturais e sociais fizeram com que surgissem outros tipos de relações ambiente-usuário do setor de saúde, a exemplo de portais e comunidades virtuais específicos, dispositivos médicos domésticos, aumento da percepção da auto responsabilidade e do fator ambiental como gerador de saúde. Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica e análise imagética a fim de apresentar, em um breve panorama, a apropriação da matéria ergonômica no espaço hospitalar. O trabalho expõe o descompasso identificado entre teoria e prática projetual em ergonomia, mostrando exemplos de fragilidades ergonômicas por meio de imagens e relatos de caso em ambientes hospitalares; em contraponto com as implicações relacionadas aos paradigmas emergentes do 'consumidor de saúde' e Telemedicina.
Planejados como espaços de recuperação da saúde, os hospitais são fonte de experiências traumáticas e estressantes. Nesse contexto, a dimensão afetiva faz parte da resposta humana ao impacto direto que o ambiente exerce sobre o processo psicofisiológico. Apesar dos avanços na arquitetura hospitalar, sua eficiência construtiva e aparência moderna e ‘clean’, aspectos subjetivos como valor, ética e afetos dos usuários não são levados em consideração nos requisitos ou parâmetros de modelagem. Este artigo apresenta sinteticamente o arcabouço teórico metodológico com vistas a consideração da dimensão afetiva na prática projetual, por meio de revisão da literatura sobre o afeto de Espinosa, as teorias do psicoevolucionismo, restauração da atenção, bem como Value Sensitive Design (VSD). Observou-se que os elementos das referidas teorias podem ser considerados como afetos potenciais a serem traduzidos objetivamente em requisitos de projetos arquitetônicos hospitalares.
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