Introdução: A hepatite crônica pelo vírus da hepatite B pode evoluir com complicações graves, como cirrose e carcinoma hepatocelular. A avaliação da fibrose hepática pode ser realizada por métodos invasivos diretos (biópsia hepática) e indiretos (APRI/FIB-4). Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e analisar o grau de fibrose hepática em indivíduos com hepatite B crônica inativa (Grupo 1) e ativa compensada (Grupo 2). Métodos: Estudo transversal utilizando dados de 200 indivíduos com hepatite B crônica, entre março e agosto de 2022. Resultados: Dos 200 indivíduos, 65% eram portadores crônicos inativos e 35% eram ativos, HBeAg negativos. No primeiro, predominou-se o sexo feminino (54,6%), e no segundo, masculino (57,1%). Para ambos, a mediana de idade foi de 53,5 e maioria com etnia parda. Histórico de etilismo desconhecido foi mais frequente no Grupo 1 (54%), e ausente (51%) no Grupo 2. A média de TGO, TGP e plaquetas foi similar nos dois grupos (p= 0,48; 0,91; 0,59). A média de fibrose APRI foi de 0,32 nos dois grupos (p= 0,90). O FIB4 foi de 1,28/1,25 para ambos os grupos. A avaliação por ultrassonografia evidenciou normalidade em 60% dos dois grupos. Somente 0,8%/3,1% do Grupo 1 apresentavam APRI/FIB4 compatíveis com fibrose hepática avançada (F3-F4). No Grupo 2, evidenciou-se baixa frequência de hepatopatia avançada. Conclusão: O perfil epidemiológico e scores de fibrose em ambos os grupos foi similar. A perspectiva de interrupção do uso de antivirais pode ser uma alternativa futura.
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi responsável por cerca de 650.000 mortes no mundo, representando ainda uma doença de impacto mundial. Objetivo: Descrever perfil epidemiológico de pacientes infectados por HIV na era pós HAART acompanhados em centro especializado para tratamento de PVHIV (SAE-HUCAM). Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, com análise de prontuários no SAE-HUCAM, entre janeiro de 2019 a setembro de 2022. Resultados: Dos 171 pacientes, 126 eram homens e 45 mulheres (razão para sexo de 2,8), sendo a média de idade para ambos, 43 anos. Cor parda, 8-12 anos de estudo (45,6%), heterossexuais (35,7%) e residência em área urbana (49,1%) predominou na população. Cerca de 43,3% possuíam comorbidades, sendo mais prevalente, cardiovasculares (50%). 58,5% procediam da enfermaria de infectologia. Apenas 36,8% possuíam abandono de tratamento. 77,8% descobriram HIV após 2017. Contagem de CD4 foi baixa tanto naqueles com diagnóstico recente (média de 274 cels/mm3), como em abandono de tratamento (média de 205 cels/mm3). Em relação aos linfócitos T CD4 o estudo evidenciou que 45% dos pacientes apresentavam valores acima de 500 cels/mm3, 36,8% apresentavam infecções oportunistas, destacando-se isoladamente, Candida spp. (18,6%). Conclusão: Evidencia-se que apesar da oferta ampla e irrestrita da terapia HAART, nossa população apresenta perfil epidemiológico diferente das PVHIV atualmente no Brasil. A infecção pelo HIV ainda se apresenta de forma tardia, com infecções oportunistas, sem distinção entre sexo, faixa etária acima de 40 anos, em heterossexuais residentes em regiões urbanas.
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