A expansão de cursos de licenciatura a distância tem gerado debates sobre a qualidade de ensino e a formação de professores. Os documentos oficiais que tratam da educação a distância, ao enfatizar a formação de qualidade, sinalizam que, na dinâmica pedagógica da educação a distância, o professor é um elemento imprescindível para o processo da aprendizagem e, como tal, precisa estar bem preparado, conhecer as tecnologias, sem limitar-se ao tecnicismo. O texto põe em discussão questões voltadas para a educação a distância, partindo do pressuposto de que, sendo a universidade o espaço livre da produção do conhecimento, torna-se fundamental compreender a educação a distância como prática social e política que possibilita o desenvolvimento da autonomia do educando. O trabalho aborda essas questões com base em resultado de pesquisa realizada com professores que atuam em cursos de licenciatura na modalidade a distância, e tem por objetivo trazer reflexões sobre a formação, que envolve a lógica das competências. Considerando a concepção nuclear de qualidade nos documentos oficiais, os resultados da pesquisa apontaram o redirecionamento dado pelos pesquisadores à questão das competências, dentro de uma perspectiva crítica que busca revitalizar a compreensão dos saberes nos processos de aprendizagem.

ção, tenho más notícias para você. Se você não se importa com as redes, as redes se importarão com você, de todo o modo. Pois, enquanto quiser viver em sociedade, neste tempo e neste lugar, você terá de estar às voltas com a sociedade em rede. Porque vivemos na Galáxia da Internet. (CASTELLS, 2003, p. 231) A Internet que, em meados do século XX, era considerada território exclusivo de especialistas e de técnicos em informática, vem se tornando uma ferramenta básica da comunicação humana. O crescimento da rede foi possível graças ao surgimento da Web, que "integrou todas as possibilidades da Internet em uma única interface com formato de hipermídia, ou seja, uma combinação de multimídia e hipertexto" (SANChO, 2001, p. 320).Com a facilidade de acesso a dados produzidos no mundo todo, somada à criação de redes, onde se tecem todos os tipos de vínculos, a Internet transformou-se em instrumento da revolução tecnológica em nosso tempo, marcado pelo múltiplo, pelo fragmentário e pelo diverso. "O mais difícil não é a informação, mas a comunicação", afirmou Wolton (2004, p. 149), lembrando que a Internet não passa de um sistema automatizado de informações, cuja qualidade deve ser sempre questionada pelo ser humano, a quem cabe atribuir sentido às informações.O conceito de rede não é específico de nosso século, conforme alertou Castells (2003), visto tratar-se de uma concepção estrutural da vida humana. Nesse estudo, Castells (2003, p. 107-108) categoriza o sistema de relações sociais em: relações primárias (corporificadas em famílias e comunidades); relações secundárias (corporificada em associações) e comunidades personalizadas (corporificadas em redes egocentradas). Conclui o sociólogo que "cada vez mais as pessoas estão organizadas não simplesmente em redes sociais, mas em redes sociais mediadas por computador" (CASTELLS, 2003, p. 109).Os dados publicados na Folha de São Paulo (2014, p. f 3) indicam o crescimento de usuários nas redes sociais nos últimos tempos. Em seu artigo, Romani (2014, p. f 3) mostra que o número de participantes do Facebook passou de 61 milhões, em 2012, para 83 milhões em 2013, o que resulta em crescimento de 36% de usuários mensais ativos nessa rede nesse período.No imaginário social está posta a ideia de um fluir de energias que perpassa as comunidades sociais e atravessa as fronteiras de espaço e de tempo. No entanto, a poética expressão "navegar no ciberespaço", utilizada desde a criação da Internet, tem revelado aspectos menos românticos, entre eles, o excesso de publicidade, o consumismo, a perda da liberdade, a invasão da privacidade. É muito fácil, hoje em dia, obter informações sobre os usuários

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Este número Especial da Revista Eletrônica Pesquiseduca traz a proposta do Dossiê Temático, Condiciones y retos para la investigación y los investigadores educativos en un contexto de cambios, riesgos e incertidumbre, coordenado pelos docentes e pesquisadores da Universidade de Guadalajara (México), Dr. Ricardo Pérez Mora e Dra. Verónica Ortiz Lefort. Os artigos deste número especial inserem-se no conjunto dos eixos temáticos propostos para o Dossiê, entre os quais citamos: políticas governamentais e seu impacto na pesquisa e as ações dos pesquisadores diante das mudanças ocorridas; a gestão da investigação e a tomada de decisões sobre a produção de conhecimento no século XXI; diretrizes para a formação de novos pesquisadores; impactos na pesquisa e nos pesquisadores derivados da pandemia COVID-19; novas epistemologias científicas, novas culturas acadêmicas e novos objetos de estudo derivados das mudanças ocorridas no XXI; mobilização do conhecimento, utilidade, responsabilidade social; compromisso social, ético e político da pesquisa e o papel que tem assumido os investigadores em Ciências Sociais.

Este Número da Revista Eletrônica Pesquiseduca, periódico quadrimestral do Programa de Educação da Universidade Católica de Santos,  reúne artigos de pesquisadores de diferentes instituições do pais e estrangeira, com objetivo de, por meio do incentivo à pesquisa e ao debate qualificado sobre a temática, socializar o conhecimento, contribuindo para o avanço da produção científica em Educação.