Este estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos pacientes coinfectados por HTLV-1 e Strongyloides stercoralis, oriundos do Núcleo de Medicina Tropical (NMT) localizado na Universidade Federal do Pará (UFPA). Foi realizada uma análise quantitativa, retrospectiva e transversal, na qual foram utilizadas informações de pacientes com sorologia positiva para HTLV, confirmada pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para HTLV-1 ou HTLV-2, além de exames parasitológicos confirmados pelo método de Hoffman. Dos 4.679 pacientes examinados foram detectadas 538 amostras positivas, sendo 432 para HTLV-1 (80%) e 106 para HTLV-2 (20%). No exame parasitológico foram obtidas 14 amostras positivas para o S. stercoralis e 81 negativas de um total de 95 pacientes que levaram seu material para a análise, onde foi possível determinar uma prevalência de coinfecção de 14,7% entre os dois agentes infecciosos. Observou-se um predomínio de pacientes positivos para HTLV-1 do sexo feminino em relação ao masculino. Isso pode ocorrer devido à facilidade da transmissão através da relação sexual e também pelos efeitos hormonais das mulheres, deixando-as mais suscetíveis à infeção. A partir disso, verificou-se que pacientes com HTLV-1/2 podem também apresentar coinfecção com S. Stercoralis, sobretudo no estado do Pará.
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