Isabel Babo digitally networked action or the connective action, which brings together several users, can constitute a collective action.
In Portugal, in 2012, the movement “To hell with troika! We want our lives!” emerged from digital social networks and with demonstration on the street on September 15. This social movement has patented new forms of public mobilization and protest motivated by citizens' dissatisfaction with the austerity measures of the Portuguese government, but it is part of the line of protest that has been taking place at the international level. Social networks were used to trigger mobilization, but the protest did not dispense with the traditional forms of expression in the public space, such as gatherings in the squares, rallies, marches and posters. Using a corpus taken from the written press, the event was analyzed using a theoretical and conceptual framework of theories of public space, social movements, and social networks. In this article we intend to reflect on the current protest movements, social networks and collective action, at a time when activism is exercised in electronic connections and in the street. Through this movement we aim to question whether we are facing new configurations of mobilization, visibility, public action and the creation of a common space, and / or if we are facing a continuity of the traditional social movement with the incorporation of new "repertoires of action".
Ativismo em rede e espaço comum. As mobilizações globais de protesto pelo climaA partir das manifestações de protesto globais contra as alterações climáticas, que constituíram uma causa comum, a questão que se coloca é em que medida se assiste à emergência de um "espaço comum", para a formação do qual contribuem as possibilidades comunicacionais e de mobilização trazidas pelas conexões digitais. Os conceitos de espaço comum tópico e metatópico (Taylor) e de relações "atópicas" (Di Felice) nos contextos digitais são examinados e aplicados às manifestações. As redes digitais tiveram um papel importante nas mobilizações e estas criaram um "espaço comum tópico" em coexistência com relações digitais atópicas. Considera -se que há a formação de uma "atenção conjunta" e de uma causa comum global. Assim como há condições para a formação do comum, na atualidade, com intervenção do ativismo em rede, o que permite pensar o "espaço comum" -e será esse o maior contributo deste artigo -nessa ecologia relacional.Palavras -chave: alterações climáticas; ativismo; movimentos de contestação; redes de comunicação.O mundo comum é para constituir, está lá tudo. [...] Deve ser feito, deve ser criado, deve ser instaurado.(Bruno Latour, 2011: 39; itálico no original) 1 IntroduçãoA fragmentação do espaço público, causada pela expansão dos meios de comunicação de massa, acentuou -se com os novos média e com a sua utilização vulgarizada. A comunicação nas redes sociais digitais intensifica efeitos de dispersão, efemeridade, simultaneidade, ligação ao próximo e ao longínquo e, nessa medida, refletir sobre o espaço público, ou o espaço comum, requer ter em conta as ligações eletrónicas e o ecossistema interativo que compõem. As redes têm repercussões nas práticas comunicacionais e 1 Todas as traduções apresentadas são da responsabilidade da autora.
ResumoA partir da relação intrincada entre produção e recepção, analiso a constituição dos públi-cos mediáticos e outros, colocando a questão de como a irrupção dos acontecimentos públicos e as notícias correspondentes não se dirigem simplesmente aos públicos mas também os criam. Para tal, proponho uma reflexão sobre a noção de público(s) e sobre o tratamento da mesma por diferentes autores. Considera-se que os públicos são diversos e podem organizar-se em torno de objetos, acontecimentos, situações, ações ou em torno de experiências variadas (uma obra literária, a leitura de um jornal, a vivência de um acontecimento marcante, uma catástrofe, um problema coletivo, uma causa pública ou um processo de inquérito). Para conduzir esta reflexão, abordo uma hermenêutica dos públicos para encarar a atividade destes ao nível das suas modalidades e dispositivos de recepção, de interpretação e apropriação. Sigo a orientação pragmática de John Dewey que, em The Public and its Problems (1927), adverte que um grupo de pessoas só se torna num público se ocorrerem determinadas condições: que ele "tome consciência de si mesmo" e que identifique as circunstâncias concretas que o originaram. Palavras-chavePúblico; comunicação; comunidades de interpretação; recepção Tendo em conta as dinâmicas mais ou menos ativas da recepção de um acontecimento por parte de um público, pretendo conduzir uma reflexão sobre a recepção do acontecimento e a pragmática dos públicos. A questão de partida que se coloca é a de saber o que se entende por público, apesar de uma pragmática dos públicos não 1 Texto retirado da lição de Agregação em Ciências da Comunicação na Universidade do Minho (5 de fevereiro de 2013). O acontecimento e os seus públicos
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