O turismo pode ser considerado um setor econômico altamente sensível às mudanças climáticas, e tem contribuído para a emissão de gases de efeito estufa (GEE), uma das causas do aquecimento global. Para mitigar seus impactos negativos, surge a concepção do desenvolvimento do turismo sob a ótica da sustentabilidade que deverá incorporar as externalidades derivadas da mudança climática. Frente a esta realidade, este artigo analisa os impactos, oportunidades e desafios para o desenvolvimento sustentável do turismo no Brasil, a partir dos cenários projetados pela mudança climática global. A metodologia tem abordagem interdisciplinar e sistêmica, de cunho descritivo/analítico, realizada a partir de pesquisa bibliométrica, documental e entrevistas junto aos especialistas na temática do turismo, desenvolvimento e mudanças climáticas. Como resultados tem-se a construção de cenários prospectivos que mostram possíveis impactos e consequências das mudanças climáticas ao sistema turístico internacional, constituindo-se em informações para fins de mitigação, planejamento de ações de adaptação e minimização de impactos e vulnerabilidades.
doutoranda do PPG -meio Ambiente e desenvolvimento (ufPR), mestra em desenvolvimento Regional (fuRb), Especialista em Administração de núcleos Receptores (fAcisA-usP), Especialista em didática e metodologia de Ensino (unoPAR), Turismóloga (unioEsTE). Carlos Alberto Cioce Sampaio -UFPR carlos.cioce@gmail.comPós doutor pela universidade Austral de chile. doutor em Engenharia de Produção (ufsc), mestre em Administração (ufsc), Especialista em informática ( mAcKEnZiE, brasil), Administrador (Puc-sP).Michele Camila Greuel -FURB michelegreuel@yahoo.com.br Turismóloga, graduanda em Administração pela (fuRb). José Luis Cerveira -UFPRj_cerveira@terra.com.b doutor em ciências sociais (ufscar), mestre em sociologia Política (ufsc), graduado em ciências sociais (uEl). RESUMOEste artigo objetiva descrever as políticas públicas de turismo no brasil, enfocando o Estado de santa Catarina e, especificamente, analisando as políticas desenvolvidas no município de Pomerode (SC). Busca, com isso, observar possíveis inter-relações entre essas políticas, verificando ao mesmo tempo o seu processo de aplicação em consonância com a política nacional. Para atingir seus objetivos, os procedimentos metodológicos incluíram análises documentais de dados secundários nas secretarias de turismo estadual e municipal, bem como de documentos da esfera federal. Procura também pontuar os limites da gestão do turismo e da participação popular na formulação das políticas públicas. como resultado, o estudo constatou que a política do Estado de santa catarina está alinhada à política nacional de turismo, mas que, no entanto, não está totalmente adequada aos interesses da comunidade, não se encontrando devidamente implantada. Por último, verificou-se que, para o município de Pomerode (SC), inexiste uma regulação eficaz de políticas estruturadas para a área do turismo que seja capaz de dimensionar seus objetivos, abrangendo a sustentabilidade e a participação popular.PALAvRAS-ChAve: Políticas Públicas. Turismo sustentável. Participação Popular. ABSTRACTThis article described the Brazilian public tourism policies, focusing on the state of Santa Catarina. In particular, it analyzes the policies developed in the city of Pomerode (SC). The aim is to observe possible isabel J. Grimm, carlos Alberto c. sampaio, michele c. Greuel, José l. cerveira filho -Políticas públicas ... 96Disponível em: www.univali.br/revistaturismo interrelations between these policies while checking whether they are applied in a way that is in line with national policy. To achieve its objectives the methodological procedures included analysis of secondary data contained in documents from the departments of state and local tourism, as well as documents at federal level. it also seeks to indicate some limitations of tourism management and popular participation in the process of creating public policies. by way of results, the study found that the policy of the state of santa catarina is aligned with the national tourism policy. However, is not fully adapted to the interests of the communit...
Resumo Eventos climáticos têm variações decorrentes de causas naturais, mas, o ser humano, tem sido apontado como o principal responsável pelas mudanças climáticas na atualidade. O turismo representa uma das atividades socioeconômicas de interferência e sensibilidade diante ao cenário projetado pelas mudanças climáticas. No entanto, tais mudanças são caracterizadas pela imprevisibilidade e sua repercussão ainda é pouco conhecida pelo setor turístico. Na tentativa de tecer reflexões sobre a temática, o presente artigo parte da revisão da literatura, desenvolvendo questões e diálogos interdisciplinares para compreender se é possível estabelecer relações consistentes entre mudanças climáticas globais e a realidade local vivenciada nos destinos turísticos do litoral paranaense. Tal trajetória mostrou-se complexa, sobretudo quando confrontada a discrepância entre discursos científicos, ideológicos e políticos, incompatíveis para efetivação de planos de mitigação de impactos socioambientais envolvendo o setor turístico.
As reflexões neste artigo emergem da evidência de que existem povos, grupos e/ou comunidades que resistem à força imperativa e hegemônica do desenvolvimento como sinônimo de crescimento econômico, situação percebida nas comunidades de pescadores do litoral paranaense. Neste artigo pretende-se analisar se o turismo comunitário pode ser uma alternativa que contraponha ao desemprego, exploração ou transformação dos modos de vida tradicionais e como estratégia de adaptação ante as mudanças ambientais e climáticas ocorridas nesses territórios. A metodologia exploratória contou com pesquisa de campo e aplicação de questionário com moradores da região do Parque Nacional do Superagui em Morretes (PR) visando observar suas percepções dos problemas ambientais e climáticos ali desencadeados. Adotam-se como unidade de análise as vilas de Barbados e Barra do Superagui. Os resultados sinalizam que o turismo comunitário pode ser estratégia de diversificação econômica e adaptação das comunidades diante das mudanças ambientais e climáticas que afetam seus meios de subsistência, vez que a atividade ocorre na região, embora em pequena escala e ainda não planejada.
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