A Odontologia restauradora deve ser praticada da forma mais conservadora possível. Os laminados cerâmicos, usualmente conhecidos como lentes de contato, são considerados uma boa opção para os procedimentos estéticos, pois o seu preparo é limitado ao esmalte, o que os tornam uma abordagem conservadora. Este trabalho objetiva sintetizar informações de bases científicas que corroborem sobre os laminados cerâmicos com ênfase no seu passo a passo clínico. Em reabilitações com laminados estéticos devem ser selecionadas corretamente os casos clínicos e o tipo de cerâmica mais indicada, pois estas se diferem entre si em suas propriedades mecânicas e estéticas. Além disso, o preparo dentário, quando houver, deve ser de até 0,5mm de espessura. Para a moldagem, o material de escolha deve ser de qualidade, onde o mais indicado é a silicona de adição devido a suas propriedades superiores. No que concerne à etapa de cimentação a técnica que associa o ácido hidrofluorídrico, silano e cimento resinoso promove excelente desempenho clínico em longo prazo, podendo chegar a 90% de sucesso clínico após 13 anos de acompanhamento.Descritores: Prótese Dentária; Estética Dentária; Cerâmica; Facetas Dentárias.ReferênciasTurgut S, Bagis B. Effect of resin cement and ceramic thickness on final color of laminate veneers: An in vitro study. J Prosthet Dent. 2013;109(3):179–86.Andrade AO, Silva IVS, Vasconcelos MG, Vasconcelos RG. Cerâmicas odontológicas: classificação, propriedades e considerações clínicas. SALUSVITA. 2017;36(4):1129-52.Souza ROA, Miyashita E. Lentes de contato cerâmicas como alternativa para correção de giroversões e diastemas em área estética. Prótesenews.2014;1(1):38-50.Alhekeir DF, Al-Sarhan RA, Al Mashaan AF. Porcelain laminate veneers: Clinical survey for evaluation of failure. Saudi Dent J. 2014;26(2):63-7.Kumar GV, Poduval TS, Reddy B, Reddy S. 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Introdução: As cerâmicas ácido resistentes, devido a sua composição, possuem características que influenciam no processo de adesão e consequentemente no protocolo de cimentação utilizado. Assim, elas necessitam de um protocolo de cimentação específico, que possa demostrar eficiência na adesão, sem comprometer a estética e resistência do material. Objetivo: discutir a etapa de cimentação das peças cerâmicas ácido resistentes, enfatizando os diferentes tipos de cimentos e protocolos de cimentação encontrados na literatura. Materiais e métodos: foi realizada uma busca nas bases de dados PubMED/Medline, Lilacs e Scielo, selecionando artigos originais e de revisão, utilizando-se descritores em português e inglês relacionados ao tema. Resultados: As cerâmicas ácido resistentes são reforçada por óxidos como alumina e zircônia, o condicionamento ácido não é efetivo como tratamento de superfície e dentre os métodos passíveis de serem utilizados dois têm se destacado: a aplicação de primers ou silano à base de MDP e a silicatização. Todavia, destaca-se que coroas com zircônia não necessariamente precisam de tratamentos de superfície para garantir a adesão, uma cimentação simplificada, utilizando um cimento resinoso autoadesivo, pode ser realizada sem a necessidade de qualquer tratamento de superfície na peça cerâmica e no preparo dentário. Conclusão: é necessário conhecer todas as particularidades da cerâmica utilizada, do cimento selecionado e demais materiais empregados na etapa de cimentação. Ou seja, um adequado conhecimento técnico é fundamental para o domínio do protocolo clínico, que consequentemente repercutirá no sucesso clínico.
Introdução: Devido ao desenvolvimento das cerâmicas odontológicas em busca de melhores propriedades mecânicas e estéticas, atualmente existe uma variedade de sistemas cerâmicos, eles podem ser classificados de diferentes formas, no entanto a classificação mais utilizada se refere à sensibilidade ao ácido hidrofluorídrico (HF), assim as cerâmicas odontológicas podem ser classificadas em ácido sensíveis ou ácido resistentes. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura a cerca das cerâmicas ácido resistente, descrevendo sua composição e seu desenvolvimento. Materiais e Métodos: Esta revisão de literatura baseia-se em artigos científicos originais e de revisão indexados nas bases de dados PubMED/Medline, Lilacs e Scielo. Foram selecionados artigos de acordo com os critérios de inclusão: texto completo e temas que abordassem o assunto em discussão. Resultados: De acordo com sua composição as cerâmicas são classificadas em vítreas e não vítreas, estas últimas são denominadas ácido resistentes, seu desenvolvimento inicia-se pela incorporação de óxidos à cerâmicas vítreas, com os sistemas In-Ceram Alumina, In-Ceram Spinell e In-Ceram Zircônia. Posteriormente foram desenvolvidas cerâmicas policristalinas, sem componente vítreo com auto conteúdo de alumina ou de zircônia, altamente resistentes, no entanto com alta opacidade, assim em busca de maior qualidade estética surgiram as zircônias altamente translúcidas unindo estética e resistência. Conclusão: é importante conhecer o tipo de cerâmica selecionada para ter sucesso em sua aplicação clínica, já que cada sistema cerâmico possui características particulares como resistência mecânica, opacidade e translucidez, assim é importante ter conhecimento sobre sua microestrutura para não causar danos ao material, obtendo consequentemente longevidade clínica na restauração.
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