Resumo: Esse estudo objetivou analisar a violência infantil no contexto brasileiro, correlacionando-a com fatores socioeconômicos, socioculturais, geracionais e de gênero, investigando o impacto dos mesmos na saúde das crianças. Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo, realizado a partir de dados de artigos científicos e documentos oficiais sobre e violência infantil, além do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e da plataforma SciELO e Google Acadêmico. Encontrou-se uma maior prevalência de violência física e negligência, maior índice de violência sexual contra o sexo feminino e negligência no sexo masculino. Os principais agressores identificados foram o pai e a mãe. Acerca da etnia, crianças pardas foram as mais agredidas, bem como as de menor escolaridade. As consequências da violência infantil se estendem para além do momento da agressão, ao perturbar funções cognitivas e mesmo influenciar na gênese de transtornos psiquiátricos.
Objetivo: analisar a violência infantil no contexto brasileiro e no estado de Goiás, avaliando os tipos de violência mais frequentes, as faixas etárias mais afetadas, os ambientes em que mais ocorrem e os principais autores das agressões. Métodos: trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, cujos dados foram obtidos a partir das notificações registradas na base de dados Sistema de Informações de Agravos de Notificações, disponibilizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram coletados dados nacionais e do estado de Goiás referentes ao ano de 2019 e à faixa etária entre menores de 1 ano a 14 anos. As variáveis utilizadas foram: região de notificação, sexo, faixa etária, etnia, locais de ocorrência, prováveis autores e tipos de violência. Resultados: no Brasil, em 2019, 91.876 casos de violência infantil foram notificados, enquanto em Goiás, 2.511 casos. As crianças do sexo feminino e as que se encontram na faixa etária entre 10 a 14 anos são as principais vítimas dessa violência. Além disso, entre os tipos de maus tratos, destacam-se negligência/abandono e violência física e sexual como as mais frequentes, sendo os pais os mais prováveis responsáveis pelo cometimento das agressões e a residência o principal local de ocorrência. Observa-se também o elevado número de registros de violência de repetição. Conclusão: a violência infantil é grave problema de saúde pública e apresenta dados alarmantes, tanto no cenário nacional quanto no estado de Goiás, o que reforça a fragilidade das redes de atenção e proteção às vítimas.
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