Cursos de meliponicultura podem ser uma forma eficiente de apresentar uma atividade sustentável, com potencial para transformar-se em fonte de renda complementar e um momento de autoconhecimento e reflexão social para mulheres. Relatamos aqui a experiência de desenvolvimento de um projeto de inclusão feminina usando como mote “abelhas sem ferrão”, que envolveu desde a criação de um grupo multidisciplinar, até o desenvolvimento da metodologia e do material didático, identificação do público-alvo (mulheres prioritariamente agricultoras e em situação de risco) e a sua efetivação. Foram matriculadas 22 mulheres e o curso durou três meses (40 h). O curso foi oferecido online, devido à pandemia de COVID-19, com auxílio financeiro às alunas mais carentes. Foi dividido em 5 módulos de 8 h: 1. “O animal mais importante da Terra”. 2. “A História da relação entre o ser humano e as abelhas”. 3. “A relação entre as abelhas e as flores". 4. “Criação de abelhas nativas” e 5. “Manejo de abelhas sem ferrão”. Foram discutidos tanto temas relacionados à biologia e ao manejo de abelhas como aspectos psicossociais. Os resultados sugerem que cursos de este tipo podem ser uma ótima via para inclusão de mulheres na sociedade, tanto pelo autoconhecimento, valorização da sua história e ambiente, como pelo conhecimento sobre uma atividade de renda complementar. O desenvolvimento de cursos de meliponicultura deve ser estimulado em comunidades em todo o Brasil, inclusive naquelas em que se pretende ressaltar o papel da mulher na sociedade e na qualidade de vida e do meio ambiente.
Neste trabalho a interface entre o Feminismo e a Agroecologia foi investigada por meio da produção científica registrada em duas bases internacionais, Web of Science e Scopus. No intuito de mapear como esta interlocução se apresenta foi feito um levantamento dos trabalhos através de strings de busca e leitura dos achados na íntegra para uma revisão sistemática. A análise foi agrupada, em ordem cronológica, nas correlações explícita e implícita, a partir da utilização dos termos "Feminismo" e "Agroecologia" e as questões que tocavam ambos os campos foram observadas. Verificou-se que a produção científica ainda é tímida, que a América Latina é um campo fértil de experiências e, ao mesmo tempo, objeto de estudo internacional. Conclui-se que a temática é uma perspectiva e precisa ser trabalhada na produção científica internacional, pois tem potencial para amadurecer ambos os campos e alcançar alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
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