RESUMOO presente estudo visa a analisar a problemática do uso inadequado de psicotrópicos entre mulheres a partir do referencial da psicanálise, tomando como material um recorte de natureza biográfica. Para tanto, realizou-se como método a pesquisa em psicanálise, trabalhando com a proposta de construção de um ensaio metapsicológico, no qual se utilizou como corpus as biografias de Marilyn Monroe. Assim, a pesquisa possibilitou pensar sobre um sujeito que se angustia frente ao enigma da feminilidade e quais saídas encontra para lidar com o problema. Entende-se que a relevância do estudo para a prática clínica de enfermagem reside no fato de se poder ilustrar e destacar a importância da dimensão singular na escuta das pessoas em abuso de substâncias psicotrópicas, pois se considera que somente uma escuta sustentada em cada caso poderá revelar o lugar de importância em que o sujeito coloca o medicamento e a relação com o seu desejo, principalmente por se tratar de uma profissão que tem à sua disposição a oportunidade do contato direto e frequente com esses pacientes. Palavras-chave: Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias; Saúde da Mulher; Psicanálise; Cuidados de Enfermagem. ABSTR ACTThe present study aims at analysing the abuse of psychotropic drugs among women using a psychoanalysis framework.
Como citar este artigo:Martins IC, Silveria LC, Carrilho CA, Vieira AN. "O que não tem remédio nem nunca terá": um estudo a partir do uso abusivo de benzodiazepínico em mulher. REME -Rev Min Enferm. 2017 [citado em ];21:e-1015. Disponível em: DOI: 10.5935/1415DOI: 10.5935/ -2762 RESUMO Objetivo: analisar, a partir da singularidade feminina, o abuso de drogas benzodiazepínicas e o papel do enfermeiro na assistência do sofrimento psíquico. Método: estudo de caso referenciado pela pesquisa com psicanálise. Os dados foram produzidos por meio de entrevistas, seguidas da construção do ensaio metapsicológico. Resultados: o uso abusivo de benzodiazepínicos emerge como um fenômeno naturalizado no âmbito dos serviços de saúde, sendo, inclusive, considerado necessário para a mulher contemporânea. O sofrimento psíquico relaciona-se aos conflitos pessoais e familiares, mas sua abordagem encontra-se estruturada em torno do uso do medicamento, desconsiderando a singularidade feminina e as condições em que ele é produzido. Assim, o fármaco não age apenas quimicamente, mas que ele porta efeitos simbólicos e imaginários. O enfermeiro que lida com a administração e controle das prescrições pode ter nesses momentos uma oportunidade de escutar a usuária acerca do lugar que esse medicamento ocupa na sua vida. Conclusão: o tratamento farmacológico não pode ser abordado apenas em sua dimensão química, pois carreia para os sujeitos também uma dimensão simbólica. Esses aspectos podem ser contemplados na clínica de enfermagem, onde o encontro entre o enfermeiro e o paciente torna-se um momento possível para estabelecer uma escuta singularizada. Mas, para que a mulher possa elaborar um saber sobre o que lhe acontece, é necessário que o enfermeiro exima-se do lugar de quem detém o saber e possa se colocar no lugar de quem acompanha o outro na sua própria construção simbólica. Palavras-chave: Abuso de Substâncias; Psicanálise; Cuidados de Enfermagem; Saúde da Mulher. "O que não tem remédio nem nunca terá": um estudo a partir do uso abusivo de benzodiazepínico em mulher ABSTR ACT
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