Os mecanismos imunopatológicos envolvidos no desenvolvimento de lesão neural hansênica ainda não são completamente esclarecidos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão integrativa a fim de identificar o envolvimento da neurotrofina NGF e da citocina TNFα na patogênese da lesão neural hansênica. Esta revisão foi realizada mediante a busca de artigos nas plataformas indexadoras PubMed, SciELO e Google Acadêmico com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Leprosy Reaction”, “Nerve Growth Factor (NGF)”, “Tumor Necrosis Factor- alpha (TNFα)”, sendo selecionados 28 artigos. Os resultados evidenciaram que durante a reação do tipo 1 há expressão tecidual de IL-2, IFN-g, TNFα, IL-12 e IL-1b. Já a reação do tipo 2 ou ENH tem sido associada com altas concentrações de TNFα, infiltração neutrofílica e ativação do sistema complemento. Altos níveis de NGF foram observados na forma lepromatosa e baixos níveis na forma tuberculoide da doença, pois nesta há estímulo da expressão de TNFα o que contribui para a evolução de lesões neurais. Parece haver uma interação entre NGF e TNFα, uma vez que o NGF induz a expressão endógena de TNFα e esse feedback positivo promove uma sobrevida das células neurais saudáveis.
A doença do coronavírus (COVID-19) tem sido ampla e globalmente estudada e pesquisada, por ser uma doença nova e de variado espectro clínico além de sua fisiopatologia não ser completamente conhecida. Ademais, os agravos estão associados aos hábitos de vida, doenças prévias e à evolução de cada paciente. Dentre esses agravos, estão a obesidade e a diabetes, enfermidades que levam a distúrbios metabólicos do organismo. O objetivo desse relato é reportar o caso de um paciente pré-diabético, obeso grau II com infecção causada pelo vírus Sars-CoV-2 e evolução para diabetes durante a infecção, além de apresentar repercussões fisiológicas secundárias à infecção. O paciente estudado recebeu o diagnóstico de Diabetes tipo 2 durante a internação e apresentou múltiplas opacidades pulmonares em vidro fosco com distribuição multifocal bilateral na Tomografia Computadorizada de Tórax (TC de tórax), assim foi encaminhado para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na UTI, positivou para SARS-Cov-2 através do RT-PCR, foi realizada Intubação Orotraqueal, iniciou-se a farmacoterapia e os exames laboratoriais confirmaram que o paciente é diabético. Neste caso, é notável que, devido ao paciente apresentar comorbidades para a COVID-19 – pré-diabetes e obesidade grau 2 – a doença pode ter sido agravada por esses fatores. Assim, ele precisou de reabilitação pulmonar e cuidados intensivos, como uso de medicações utilizadas em casos mais avançados da doença e monitoramento da UTI. Dessa forma, portanto, que é imprescindível aos profissionais de saúde conhecer o quadro clínico e patologias preexistentes dos pacientes acometidos, pois esses dados oferecerão ao profissional a escolha de terapêuticas individualizadas.
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