A lesão cariosa pode ser observada como opacidade do esmalte, cavitações no esmalte e/ou dentina até as cavidades extensas. A Odontologia de Mínima Intervenção prioriza abordagens mais conservadoras em detrimento às práticas com remoção excessiva de tecido dentário. O objetivo do presente capítulo foi apresentar, discutir e orientar sobre o tratamento conservador das lesões de cáries incipientes no esmalte dentário com o emprego de resinas infiltrantes, com ênfase nas indicações, opções disponíveis no mercado e técnicas operatórias. Foi realizada uma busca de literatura dos estudos científicos relacionados ao tratamento de lesões de mancha branca com infiltração de resina composta nas bases de dados Periódicos Capes, Lilacs, Scielo, Pubmed e Bireme-Medline utilizando os seguintes descritores: Icon infiltrant, Resin infiltrant, Enamel white spot lesion, Minimal intervention dentistry, Dental caries. No total, 291 artigos foram encontrados, sendo descartados os títulos duplicados após a leitura dos resumos. Foram excluídos aqueles que não condiziam com os objetivos da revisão. Por fim, 56 artigos foram lidos na íntegra e utilizados para confecção desse estudo. Os infiltrantes resinosos possuem os componentes TEGDMA, HEMA e etanol em sua composição e podem ser caracterizados como uma resina de baixa viscosidade capaz de penetrar nas lesões incipientes, obliterando seus poros, paralisando sua evolução e fortalecendo o esmalte afetado. Os estudos analisados sugerem que o uso de infiltração de resina consiste em uma alternativa eficaz para o tratamento minimamente invasivo de lesões de mancha branca não cavitadas, conservando os tecidos dentários ao evitar traumas realizados durante o tratamento restaurador convencional.
A Disfunção Temporomandibular (DTM) é definida pela American Academy of Oral Pain como um conjunto de distúrbios que englobam estruturas neuromusculares, musculoesqueléticas e a Articulação Temporomandibular (ATM). Sua etiologia multifatorial leva a uma ampla gama de sinais e sintomas e, consequentemente, uma extensa lista de possíveis tratamentos, sendo necessário a associação de diferentes técnicas e abordagens. Nesse contexto, as Terapias Complementares Integrativas vêm sendo comumente utilizadas em associação aos tratamentos tradicionais das DTMs, contribuindo para maiores taxas de sucesso clínico. Este capítulo tem como objetivo, apresentar uma revisão da literatura a respeito do uso da acupuntura, reiki e a ozonioterapia no tratamento das DTMs. Dessa forma, foram realizadas buscas de publicações científicas nas plataformas Google Acadêmico, PubMED, Scielo e Periódicos CAPES, a fim de elucidar os protocolos adotados, taxas de sucesso, longevidade e qualidade de vida dos pacientes. Oriunda da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a acupuntura é caracteriza pela utilização de agulhas específicas, as quais, uma vez inseridas na pele e nos músculos, exercem ação analgésica, anti-inflamatória e neurohormonal, pelo equilíbrio do “qi”. Já o reiki, disseminado pela cultura japonesa, busca a harmonização das forças que regem o corpo (Chakras), a partir da imposição das mãos pelo do praticante, resultando na liberação de toxinas e dos bloqueios energéticos, tendo como consequência, o alívio da sintomatologia dolorosa. Em contrapartida, a ozonioterapia, diferentemente das anteriores, atua a partir do uso de uma substância, o ozônio (O3), o qual tem ação antisséptica e anti-inflamatória, auxiliando na redução do desconforto do paciente. Apesar de não resultarem na resolução completa das DTMs, a coleta de dados apontou o uso dessas terapias como favorável, principalmente, quando observada a qualidade de vida da população. Nessa perspectiva, a sua aplicação na clínica odontológica, complementa as modalidades de tratamento atualmente existentes, corroborando para o desenvolvimento técnico científico.
Resumo: Objetivo: Refletir a respeito da importância da atuação do cirurgião-dentista na equipe multidisciplinar no âmbito hospitalar, por meio de um relato de experiência elaborado a partir das atividades desenvolvidas por acadêmicos de Odontologia no projetos de extensão no Centro de Terapia Intensiva, Clínica Neurológica e Hemodiálise na cidade de Diamatina, Minas Gerais. Metodologia: Foi realizado um relato de experiência descritivo e reflexivo acerca das atividades realizadas por acadêmicos do curso de Odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) nos anos de 2012 a 2022, nos projetos de extensão intitulados: ”Saúde Bucal em Ambiente Hospitalar - Assistência Odontológica aos pacientes internados na Santa Casa de Caridade - Diamantina” e “Saúde Bucal é Saúde Total: Odontologia para pacientes em hemodiálise. Resultados: Em 10 anos, o projeto conseguiu atingir um público de 700 pessoas/ano entre pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI), Clínica Neurológica e/ou que passam por tratamento de hemodiálise na Santa Casa de Caridade de Diamantina (SCCD). Além de melhoria na qualidade de vida, também foi possível identificar a recorrência de infecções de origem bucal passíveis de serem prevenidas quando há atuação do cirurgião-dentista na equipe multiprofissional de atenção à saúde. Considerações Finais: A inserção do acadêmico de Odontologia no ambiente hospitalar é essencial para uma formação completa e humanizada. Além disso, a atuação dos estudantes contribuiu para o tratamento, controle e prevenção de alterações bucais e sistêmicas, levando à uma melhora na qualidade de vida dos pacientes. Por fim, esses resultados conscientizaram a equipe quanto à importância da presença do cirurgião-dentista no âmbito hospitalar.
A Odontologia Hospitalar (OH) tem como objetivo induzir a promoção de saúde, prevenção de enfermidades, diagnosticar e tratar doenças bucais de pacientes restritos ao leito. Embora seja comprovada a importância da higiene bucal para manutenção da saúde sistêmica do paciente, o trabalho do cirurgião-dentista (CD) ainda não é reconhecido. Diante desse cenário, o objetivo do estudo foi realizar uma revisão de literatura acerca da importância da presença do cirurgião dentista nas equipes multidisciplinares hospitalares para combater infecções secundárias. Foi realizada uma análise bibliográfica fundamentada em artigos científicos, livros e publicações de referência, nas bases de dados: Google Acadêmico, PubMed e Scielo, utilizando descritores como: Odontologia Hospitalar, Higiene Oral, Saúde Bucal e Pneumonia, UTI e COVID-19, Dentista e COVID-19 e Hospital. Foram incluídos trabalhos nas línguas inglesa e portuguesa, publicados entre 2012 e 2021. Historicamente, a OH foi legitimada pela Resolução CFO-162/2015, porém ainda busca reconhecimento, visto que o projeto de lei que obriga a integração do CD nas equipes de saúde foi revogado, e, os profissionais da saúde não reconhecem tal necessidade impedindo a eficácia do tratamento dos enfermos.
A organização do II Congresso On-line Nacional de Saúde Multidisciplinar (II CONASMULTI) não assume qualquer responsabilidade pelo teor ou possíveis erros de linguagem dos trabalhos divulgados na presente obra, a qual recai, com exclusividade, sobre seus respectivos autores.
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