A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica granulomatosa da pele e do sistema nervoso periférico causada pelo Mycobacterium leprae. Essa doença possui largo espectro de apresentações clínicas, cujo diagnóstico baseia-se, principalmente, na presença de lesões de pele, perda de sensibilidade e espessamento neural. É um problema grave de saúde pública, sendo endêmica no Brasil e altamente prevalente na Bahia. Neste sentido, para contribuir com ações de prevenção e de controle da doença no estado, o presente estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da Hanseníase na Bahia no período de 2010 a 2020. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, cujos dados foram obtidos por meio de consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Entre 2010 e 2020 foram notificados 30.426 casos de Hanseníase na Bahia, dos quais a maioria eram homens (53%), pardos (61%), entre a 1ª a 4ª série do ensino fundamental incompleta (21,4%), na faixa etária de 30 a 39 anos (18,3%), com cinco ou mais lesões cutâneas (39%), que não apresentaram episódio reacional (56%) e foram tratados com poliquimioterapia para multibacilares com uso de 12 doses (64%). Os dados indicam que a Hanseníase na Bahia, ocorre mais comumente na população economicamente ativa e com pouco acesso à informação. O conteúdo do presente estudo pode direcionar estratégias para reduzir o desenvolvimento dessa doença, a fim de melhorar a saúde pública, além de reforçar a necessidade de estudos similares.
A COVID-19 é uma doença infectocontagiosa viral transmitida pelo agente SARS-CoV-2. Apesar de ter surgido em dezembro de 2019 no vilarejo de Wuhan, na China, como casos isolados de pneumonia, em fevereiro de 2020 foi denominado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), e dois meses depois, como pandemia. Suas principais manifestações clínicas envolvem achados clássicos de síndrome gripal, como tosse, fadiga, calafrios e febre. Contudo, está relacionada a uma série de complicações sistêmicas, sendo uma das principais a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar a evolução dos casos da COVID-19 no município de Alagoinhas-BA, entre os anos de 2020-2021, com relação às variáveis de casos novos confirmados, curas e óbitos. Para isso, foi realizada uma busca por dados atualizados referentes à tais indicadores no endereço eletrônico da Secretaria Municipal de Saúde da localidade descrita. Dentre os resultados apresentados, estão o Quadro 1, elaborado com base nos achados, e os 10 gráficos distribuídos ao longo deste trabalho, que retratam a evolução de seus principais indicadores. Através deste estudo, pode-se estabelecer uma análise acerca da evolução da COVID-19 no município de Alagoinhas-BA, sendo de grande importância para a comunidade científica. Dessa forma, os resultados apresentados aqui devem ser levados em consideração pelos órgãos municipais, na tomada de decisões relativas à saúde pública local.
A doença meningocócica constitui-se como uma infecção causada pela bactéria Neisseria meningitidis, e se caracteriza por gerar, dentre outras sintomatologias, mal-estar, calafrios e cefaleia. Dados dos últimos anos evidenciam uma queda relativa do número de acometimentos por esta enfermidade no Brasil, contudo, ainda permanece sendo um grave problema de saúde pública para o país. Portanto, o objetivo deste estudo foi propor a criação de uma nova Linha de Cuidado para a meningococcemia, detalhando todo o modelo apresentado, de forma a englobar os principais níveis de atenção à saúde: primária, secundária e terciária. Para isso, foi feita uma revisão, visando analisar as principais características da doença, bem como apresentar seus dados epidemiológicos, associado a um detalhamento dos pontos principais da Linha de Cuidado proposta. Dentre os resultados apresentados, observa-se um novo método de integrar as redes de atenção à meningococcemia, de forma a garantir um atendimento mais efetivo aos pacientes portadores de tal enfermidade, com a proposta da nova Linha de Cuidado. Por fim, conclui-se que a meningococcemia se trata de uma doença ainda presente de forma significativa em território brasileiro. Portanto, a proposta da Linha de Cuidado possui importância significativa, visto que cumpre função de complementar as medidas terapêuticas já existentes.
A malária é uma doença infecciosa febril, que possui como vetor a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego) infectada por um protozoário, o Plasmodium. No Brasil, cerca de 99% dos casos estão concentrados na região amazônica, considerada área endêmica do país. Os casos identificados na região extra-amazônica são considerados como doença de notificação compulsória imediata. O trabalho tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da malária na região Nordeste. A metodologia utilizada foi um abordagem epidemiológica ecológica, com dados obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no Departamento de Informática do Ministério da Saúde (DATASUS). Da região Nordeste, o estado com mais casos notificados de malária foi a Bahia (28,4%), seguido do Piauí (20,2%), durante o período compreendido entre os anos de 2015-2021. O ano de 2018 representou o período com o maior número de casos, com um total de 152 notificações. Em contrapartida, o ano de 2021 expôs o menor número de registros confirmados, com apenas 9. Por fim, é notória a ausência de controle na cadeia de transmissão da doença, sendo necessária uma melhor vigilância epidemiológica, associada a uma aplicação mais eficaz das políticas públicas preconizadas pelo Plano Nacional de Controle da Malária (PNCM), e um estímulo a mais estudos similares.
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