Embora a incidência de Síndrome da Imunideficiência Humana apresente queda ao longo dos anos no Brasil, somente no ano de 2017 foram registrados 37.791 casos, com grande destaque a região Norte. Neste sentido, com a emergência da utilização da telemedicina, esta também pode auxiliar no acompanhamento de pessoas que convivem com HIV/AIDS. Objetivo: Identificar as principais dúvidas e resolutividade das condutas indicadas por meio da utilização da teleconsultoria na assistência do paciente HIV positivo no estado do Pará. Método: Este trabalho foi realizado na Plataforma Telessaúde Núcleo Pará, onde foram pesquisadas as palavras-chave "HIV", "anti-HIV", "AIDS", e "SIDA" com fins de filtrar as teleconsultorias que abordavam o tema de estudo. A partir do filtro, foram selecionadas 45 teleconsultorias que foram analisadas segundo as dúvidas relacionadas ao tema e como a telemedicina auxiliou no acompanhamento destes casos. Resultados: De 18.776 solicitações na plataforma Telessaúde apenas 45 casos foram relatados na plataforma com as palavras-chave, sendo que a grande maioria dos casos tratavam de dúvidas recorrentes em nível de atenção básica, abordando questões relacionadas à sorodiscordância, à ética médica e à quebra do sigilo profissional, além de acompanhamento Pré Natal da gestante HIV positiva, uso de preservativo para casais sorodiscordantes e a possibilidade de concepção entre estes tipos de casais. Sabe-se que a plataforma Telessaúde foi criada com fins de auxiliar médicos no interior do Pará por meio da teleconsultoria, entretanto, a plataforma pode ainda promover auxílio por meio também da assistência e da educação continuada, facilitando o acesso à informação aos médicos situados no interior do Pará, oferecendo meios de esclarecer dúvidas sobre sorodiscordância, tratamento e referenciamento em cidades onde o acesso a serviços especializados ainda se encontra deficiente. Conclusão: Pode-se concluir que a Telemedicina presta auxílio a diversos profissionais situados no interior do estado do Pará e esclareceu dúvidas como sorodiscordância, pré natal da paciente HIV positivo e detecção de infeções oportunistas, auxiliando na ampliação da melhoria da Atenção Primária em Saúde e no melhor manejo destes pacientes.
Introdução: A literatura tem mostrado evidências crescentes do neurotropismo SARS-CoV-2 e sua capacidade de interagir com neurônios, células gliais e linfócitos presentes no Sistema Nervoso Central (SNC) levando a possíveis alterações funcionais. Metodologia: O presente artigo é uma revisão sistemática da literatura, análise descritiva e qualitativa que descreve a relação direta entre COVID-19 e seus impactos na cognição de pacientes infectados. Resultados E Discussão: Uma variedade de manifestações neurológicas identificadas após a infecção por SARS-CoV-2 foram observadas, as quais foram descritas até 6 meses após a fase aguda da infecção. Em relação à área afetada, embora o padrão de sintomas neurocognitivos seja heterogêneo, há predomínio de hipoatividade na região frontoparietal e no circuito límbico, estruturas fundamentais nos aspectos cognitivos. Além disso, esses danos neurocognitivos parecem estar associados ao grau de comprometimento durante a infecção aguda, devido à diminuição do aporte de oxigênio ao SNC. Apesar disso, essas alterações cognitivas são frequentemente citadas como consequência direta da hiperativação imunológica, responsável por desencadear um desequilíbrio dos sistemas neuroquímicos e da neurotoxicidade, além da ação direta do vírus sobre as células gliais e neurônios. Conclusão: Observamos que existe uma forte relação entre a infecção pelo SARS-CoV-2 e as alterações neurocognitivas em pacientes infectados, com envolvimento de estruturas cerebrais intrinsecamente envolvidas nessa função. Apesar dos achados recentes sobre o assunto, novos estudos devem ser realizados para esclarecer a fisiopatologia dessas alterações e propor alternativas terapêuticas e preventivas para melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
Copyright Coelho et al. Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado. Artigo de revisão integrAtivA
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