O artigo apresenta uma abordagem referente ao processo de ocupação e colonização do Sudoeste do Paraná. Ocupada pelo deslocamento das correntes migratórias internas, ocorrido entre 1940 e 1960, a região que concentrava a maior floresta de araucárias do planeta, foi profundamente transformada pela ação do governo, pelas companhias imobiliárias e pelos colonos posseiros. Ações litigiosas entre o governo do Estado e da União impediam a lavratura da escritura pública dos lotes e os colonos assentados tornaram-se posseiros. O desmatamento transformou-se na estratégia dos colonos para delimitar sua posse. Como resultado, os estudos apontam que 80% da vasta floresta de pinheirais transformaram-se em cinzas. Assim, a História Ambiental do Sudoeste paranaense apresenta elementos diretos da política governamental e da ação humana ligada à posse da terra.
O contexto de organização familiar dos imigrantes italianos no Brasil foi um fator relevante das dinâmicas sociais desenvolvidas na “nova” terra. Entre esses atores, é importante compreender como os jovens imigrantes se posicionaram frente as disposições sociais do período. Logo, o propósito deste estudo é analisar as práticas matrimoniais dos jovens imigrantes italianos e seus descendentes na colônia Guaporé, no decênio de 1907-1917. Como metodologia de trabalho, foram analisados os dados relativos à idade média nos matrimônios entre o grupo etário no Norte da Itália e confrontados com os registros matrimoniais da Colônia de Imigração de Guaporé. Na referida colônia, os dados foram levantados junto aos registros matrimoniais da paróquia Santo Antônio de Guaporé. Observou-se que, diante da conjuntura da região colonial, as práticas matrimoniais dos jovens ítalo-gaúchos manifestaram sentido contrário àquele praticado no Norte italiano.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.