Cisticercose, fasciolose e hidatidose são doenças parasitárias que afetam os animais de produção. Além disso, elas são consideradas importantes zoonoses e são endêmicas em vários lugares do mundo e estão entre as mais importantes economicamente e no ponto de vista de segurança alimentar. O objetivo deste trabalho foi investigar a prevalência de lesões correspondentes a cisticercose, fasciolose e hidatidose em bovinos, suínos, ovinos e bubalinos abatidos nos estabelecimentos de abate de todo o estado do Rio Grande do Sul inspecionados pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE). A partir dos relatórios submetidos, foi computado o total de abates por espécie e o número de animais com as lesões correspondentes as doenças. O total de animais abatidos foi de 620.488 e foram encontradas 48.191 casos de lesões causadas pelas doenças estudadas. Isto representa 7,77% do total de animais abatidos. A doença mais prevalente foi a fasciolose, com prevalências de 6,5%; 6,8%; 0,51% e 0,004% em bovinos, bubalinos, ovinos e suínos, respectivamente. A prevalência de hidatidose foi de 15,49%; 4,72%; 3,84% e 0,003% em ovinos, bovinos, bubalinos e suínos, respectivamente. Os suínos e bubalinos não tiveram casos detectados de cisticercose, e a prevalência da mesma nos bovinos foi de 0,6% e nos ovinos 0,81%. O conhecimento de tais dados poderá servir de base para a prevenção e o controle das doenças estudadas e também para avaliação da eficácia dos sistemas produtivos para manter os rebanhos livres dessas doenças.
In the present study, 87 Aberdeen Angus calves were used to assess the effects of low dose, agentspecific drugs on weight gain after a babesiosis and anaplasmosis outbreak. All animals were weighed on weaning (day -34) and again on day zero, with a mean (on day zero) of 223.46 Kg and an average individual daily weight gain (ADG) of 0.258 Kg. The animals were then separated in three groups: G1 was composed of 37 calves with below average ADG; G2 was composed of 35 animals with below average ADG; and G3 was composed of 15 animals with above average ADG. On day zero animals in G1 were treated with 1.17 mg Kg -1 of diminazene diaceturate and 6.7 mg Kg -1 of oxytetracycline; those in G2 were treated with 1.2 mg Kg -1 of imidocarb dipropionate; and those in G3 were not treated. The animals were then monitored daily for the onset of disease, and on days 15 and 34 they were weighed and had their blood harvested. Animals in G1 had the better overall ADG (0.613 Kg day -1 ) (P<0.05), with no clinical cases during the experiment. The performance in G2 was moderate, not differing from either G1 or G3 (mean ADG = 0.528 Kg day -1 ), however, this group had two clinical cases of anaplasmosis during the experiment. Animals in G3 had the worst performance, considering ADG (0.343 Kg day -1 ). When total weight gain per animal is compared for the study period (35 days), those in G1 gained an average of 20.851 Kg, followed by animals in G2 with 17.957 Kg, and then animals in G3 with 11.667 Kg. These results show that a low dose, agent specific (G1) drug protocol will considerably reduce the detrimental effects of subclinical tick borne diseases in the post weaning period and can be recommended as a rearing tool for calves destined for early slaughter. Key words: Anaplasma marginale, Babesia spp., cattle, chemoprophylaxis, weight gain ResumoNo presente estudo foram utilizados novilhos da raça Aberdeen Angus remanescentes de um de surto de babesiose e anaplasmose, expostos a infestações por carrapatos Rhipicephalus (Boophilus) microplus. No dia zero, o lote de 87 novilhos pesando em média 223,46 Kg, apresentava GMD de peso vivo de 0,258 Kg por dia nos últimos 34 dias. O lote foi dividido em 3 grupos: G1, 37 novilhos com GMD abaixo da média; G2, 35 novilhos com GMD abaixo da média; G3, 15 novilhos com GMD acima da média geral do lote. Os novilhos do G1 foram submetidos à quimioprofilaxia com uso de 1,17 mg Kg quimioprofilático a base de diaceturato de diminazeno e oxitetraciclina demonstrou-se uma ferramenta importante para aplacar os efeitos deletérios da TPB subclínica no período pós desmame, podendo ser recomendada como ferramenta de melhoria de desempenho em categorias jovens de bovinos destinados ao abate precoce.
No Brasil, a leptospirose bovina é uma enfermidade de grande preocupação, causando prejuízos econômicos à pecuária e um importante risco à saúde pública. Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul se consolidou como importante exportador de gado vivo, refletindo diretamente na economia nacional. Nesse contexto, nosso estudo teve como objetivo determinar a prevalência de anticorpos anti-Leptospira em bovinos destinados à exportação, no município de Pelotas/RS. Para tanto, um total de 4.552 animais pertencentes a 34 municípios do RS foram incluídos no estudo. Uma amostragem estratificada foi realizada e uma amostra de 355 soros foram utilizados no teste de aglutinação microscópica (MAT). Dos 355 soros amostrados, 24 (6,76%; IC 95% 4,58-9,86) foram reativos para pelo menos um dos antígenos do MAT. Nenhum animal incluído no estudo tinha história de vacinação contra a leptospirose. Os sorovares Hardjo e Icterohaemorrhagiae tiveram prevalência de 2,53%, seguidos de Canicola com 1,97% e Grippotyphosa com 1,12%. Nossos resultados mostram a exposição dos bovinos ao agente, podendo levar a problemas de saúde pública, tendo em vista que a doença é uma zoonose. Pesquisas futuras podem utilizar nossos resultados para o planejamento de estudos epidemiológicos com o objetivo de descrever a situação da leptospirose em rebanhos bovinos no Rio Grande do Sul.
A leptospirose bovina está distribuída em todo o mundo, e o sorovar hardjo é o maior causador da enfermidade. O teste de soroaglutinação microscópica (MAT) é recomendado para o diagnóstico laboratorial da leptospirose, mas possui limitações. Diante disso, um ELISA indireto, utilizando o sorovar Hardjo como antígeno, foi comparado ao MAT, em uma avaliação inicial para o diagnóstico individual da leptospirose bovina. Dos 60 soros bovinos analisados, 13 (21,6%; IC95% 13,3-33,6) foram reagentes no MAT. Os titulos variaram de 1:100 a 1:1600 para os sorovares Canicola, Icterohaemorrhagiae, Hardjo e Grippotyphosa. No ELISA, seis (10%; IC95% 4,6-20,1) soros foram considerados reagentes. De acordo com a análise estatística realizada foi possível detectar uma alta especificidade no teste (97,87%), mas uma sensibilidade baixa (38,46%). Assim, o ELISA indireto descrito é promissor, mas apresenta limitações quanto à sensibilidade. Futuras avaliações para aumentar o espectro de detecção de anticorpos anti-Leptospira em soros bovinos serão realizadas.
A utilização de ratos como modelo experimental é uma prática recorrente em várias áreas da ciência. No entanto, ainda não estão disponiveis trabalhos que utilizem os ratos como modelo animal na transformação de músculo em carne. Os objetivos deste estudo foram: (1) padronizar a curva de pH da transformação em carne dos músculos Triceps brachii, Longissimus dorsi e Biceps femoralis de ratos submetidos a condições normais de criação desde a eutanásia até 24 horas post-mortem; e (2) determinar se o estresse causado pela contenção dos ratos no período ante-mortem interfere na curva de pH normal da transformação do músculo em carne nos ratos. Para a determinação da curva de pH muscular foram utilizados 12 ratos machos da linhagem Wistar. Os animais sofreram eutanásia e as carcaças foram colocadas a 4°C para as aferições do pH muscular. Outro grupo de 12 animais foi submetido ao estresse por contenção durante uma hora. Após esse período os animais foram eutanasiados e foram realizadas as avaliações de pH. Os resultados indicaram que a curva do pH muscular post-mortem dos ratos apresentaram ritmo de queda semelhante ao descrito para outras espécies comerciais. As médias de pH muscular apresentam diferenças significativas da hora 0 até 6 horas após a eutanásia (p<0,05), quando o valor mínimo de pH muscular foi encontrado. Os ratos em condições de estresse por contenção apresentaram uma queda do pH muscular significativamente mais rápida do que a curva normal (p<0,05). Assim, conclui-se que o uso de ratos como modelo animal para a detecção de alterações musculares post-mortem é promissor, já que o pH muscular segue os valores e o tempo de queda semelhantes as espécies comerciais.
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