IntroduçãoEste artigo relata resultados de investigação sobre a dinâmica de financiamento No Brasil, a literatura sobre financiamento eleitoral também demonstra que o acesso a recursos financeiros é um dos fatores determinantes para viabilizar uma candidatura vitoriosa (Samuels, 2001;Speck, 2005;Figueiredo Filho, 2009;Peixoto, 2009, Mancuso, 2015
Este artigo analisa as relações de poder político-empresarial constituídas no processo de financiamento eleitoral, em 2014, no Brasil. O estudo das redes de investimentos revela que um terço dos candidatos participou do pleito com chances de sucesso eleitoral próximas de zero, enquanto outro terço participou de um núcleo no qual 0,16% dos doadores privados financiaram diretamente 81% dos eleitos no país. Para a exploração de tal assimetria analisamos 220 mil relacionamentos entre 185 mil atores, incluindo financiadores e agentes partidários, bem como candidatos que declararam um fluxo de recursos superior a sete bilhões de Reais. Utilizamos os dados de candidaturas e prestação de contas disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os quais foram tratados e submetidos a cálculos de rede e testes estatísticos. Os resultados permitiram identificar a constituição estrutural de uma elite político-empresarial e contribuem para a consolidação de métodos relacionais de análise crítica do financiamento político.
Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 6, n. 1, p. 25-47, jan. / jul. 2015. Posicionamento das Mulheres na Rede de Financiamento Eleitoral e seu Desempenho nas Eleições de 2010 no Brasil: a dinâmica estrutural da exclusão e marginalização feminina no poder político
RESUMEN Introdução: O campo de estudos de políticas públicas (“Campo de Públicas”) é uma área de ensino em franca expansão no Brasil. O artigo analisa a identidade intelectual e disciplinar dessa área através das referências bibliográficas dos planos de ensino presentes nos Projetos Pedagógicos de 14 cursos de bacharelado. Materiais e Métodos: Utilizando técnicas cientométricas e de análise de redes, construímos uma rede bimodal formada pelas conexões entre os Projetos Pedagógicos dos cursos (PPCs) do Campo de Públicas e os autores citados nas referências bibliográficas das disciplinas (obrigatórias e optativas) desses cursos. Dois tipos de análises foram feitas: acoplamento bibliográfico de documentos e cocitação de autores. Resultados: Verificamos que não há formação convergente para gestores públicos no Brasil. A análise de redes mostrou a existência de dois clusters principais. O primeiro aproxima os cursos com leituras mais afins às Ciências Sociais, em especial Ciência Política e Sociologia. O segundo agrupa cursos que têm maior aderência às Ciências Sociais Aplicadas, especialmente às disciplinas administrativas, jurídicas e econômicas. Descrevemos esses dois perfis como “gestor de políticas públicas” e “administrador público e organizacional”, respectivamente. É mais correto, portanto, se falar em “campos” de públicas, no plural, dada a diversidade dos currículos. Discussão: O artigo gerou informações para o aperfeiçoamento de instrumentos de avaliação da área. Os resultados podem orientar a reforma de PPCs, a abertura de novos cursos e fomentar o debate sobre a identidade intelectual e disciplinar do Campo de Públicas em função das distintas formações oferecidas àqueles que pretendem atuar no setor público brasileiro.
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