<div>O artigo analisa os imaginários sociodiscursivos da surdez em reportagens do <em>Jornal Visual</em>, tendo como quadro teórico-metodológico a associação entre os estudos televisuais e a teoria semiolinguística a partir da grade de análise de imagens móveis proposta por Mendes (2010). Em um primeiro movimento, o programa jornalístico da emissora pública TV Brasil se apresenta como ambiente propício para a aceitação das diferenças e da cultura surda. Porém, ao apropriar os discursos majoritários dados em outros telejornais por meio da tradução para a Língua Brasileira de Sinais, o Jornal Visual silencia a existência da cultura surda e reitera práticas de marginalização do sujeito surdo.</div>
Este trabalho analisa as projeções ethóticas prévias do auditório do Programa Silvio Santos (PSS) sobre o seu apresentador, procurando compreender – paralelamente – quem são as mulheres consideradas como Colegas de Trabalho e os motivos que as fazem participar do PSS. A metodologia de coleta de dados está alicerçada em pesquisa de campo baseada em entrevistas individuais realizadas em março de 2014. Compreende-se o ethos como a imagem de si e do outro, a qual pode ter dimensão prévia e discursiva, conforme Amossy (2008). Tal imagem tem sustentação por meio de saberes cristalizados parcialmente estáveis (imaginários sociodiscursivos), segundo Charaudeau (2008). O quadro teórico de base para se pensar a sustentação de celebridades midiáticas em Morin (1997) e os programas de auditório por Sousa (2009) e Lunardi (2005); a noção de ethos é lida em Charaudeau (2008), Amossy (2008) e Auchlin (2001). Verifica-se que o apresentador atingiu a curva olimpiana de mito e seus ethé se sustentam em credibilidade e identificação.
O artigo realiza um ensaio com a análise sobre a paródia jornalística da relação “político-amoroso”, de cunho ficcional, entre a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e o, então, ministro do Trabalho, Carlos Lupi, veiculada pelo blog The Piauí Herald em novembro de 2011. O estudo debate a geração do efeito de ironia a partir da reconstrução de estereótipos, emblemas e mitos, entendidos na visão de Boyer (2008) como esquemas cristalizados de acesso aos imaginários sociais. O quadro teórico metodológico é fundamentado na inter-relação entre a grade de análise de imagens proposta por Mendes (2010) e as proposições de Boyer (2008) para sistematização do estudo dos imaginários sociais. A evocação e a transgressão de conhecimentos estáveis socialmente partilhados atuam como facilitadores da comunicação entre o veículo e o público-alvo, desconstruindo imagens prévias relacionadas à Dilma e Lupi. Na perspectiva paródica, a presidenta é equiparada ao imaginário de realeza, de quem governa, bem como a de princesa solitária que encontra seu príncipe.
O presente artigo apresenta a experiência de articulação entre Educação e Extensão na UFSJ, especificamente, as ações extensionistas e educomunicativas do Programa “Vertentes Agência de Notícias” na formação de leitores críticos da mídia na Escola Estadual Dr. Garcia de Lima. A metodologia selecionada é estudo de caso, a partir do qual são apresentadas e debatidas as práticas educomunicativas empreendidas de agosto a outubro de 2013 na referida instituição de ensino. Avalia-se que os jovens, convocados à ação, por meio de estratégias de empoderamento do fazer jornalístico, passaram a se engajar na reflexão e construção das próprias representações do cotidiano. O jornal mural apresenta-se, assim, como um instrumento para proporcionar a elevação do aparato crítico-apreciativo dos receptores, que passam a atuar como agentes multiplicadores dessa iniciativa entre os colegas de outros turnos, passando a colaborar para a transformação de um alunado passivo, em parceiros ativos e responsáveis pela construção de um processo ensino-aprendizagem centrado no desenvolvimento da cidadania.
Neste ensaio, debatemos sobre os impactos nos percursos formativos dos discentes e as transformações sociais decorrentes da inserção da Extensão nas práticas, currículos e projetos pedagógicos da educação superior pública brasileira. Propomos que o exercício da indissociabilidade no e a partir dos cursos de graduação, em especial, na vinculação processual das dimensões da Extensão e do Ensino, tende a: proporcionar uma formação mais integral, humanística e cidadã aos discentes envolvidos; contribuir para a ruptura da linha abissal que separa os sujeitos, as práticas, os saberes e os conhecimentos; em longo prazo, auxiliar no desenvolvimento de uma democracia justa socialmente.
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