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O semiárido durante décadas foi visto como uma região marcada pela falta de água, pobreza e fome, morte de animais e terras rachadas. Neste cenário, a região foi palco de políticas ineficientes de combate as secas, fator cíclico e natural que posteriormente, entendeu-se que eram necessárias políticas e técnicas de convivência com o semiárido. O presente trabalho buscou realizar uma reflexão sobre a mudança de paradigma do semiárido, a partir da adoção de Políticas Públicas de caráter territorial, trazendo a importância das tecnologias sociais de convivência com o semiárido, a agroecologia e as questões de gênero. O trabalho também pretende apresentar uma nova tecnologia social desenvolvida a partir da parceria de diferentes atores (universidades e movimentos sociais), as “Cisternas Fertilizadas”. Ainda na fase de execução, o artigo pretende trazer o processo de envolvimento das mulheres agricultoras no processo de escolha das contempladas e na implementação desta tecnologia social, no Projeto de Assentamento Hipólito, situado na zona rural do município de Mossoró (RN).

O Uso das Geotecnologias para o Mapeamento e Construção de Cisternas de Placas no Território Potiguar

O presente artigo tem por objetivo discutir os principais avanços decorrentes da compra do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) utilizando como referência a experiência da aquisição emergencial de produtos da agricultura familiar de base agroecológica do Rio Grande do Norte (RN), durante a pandemia do COVID-19. Por meio do levantamento bibliográfico sobre políticas públicas de compras governamentais da agricultura familiar e de dados levantados junto à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (SEDRAF-RN) e da Secretaria da Cultura do Esporte e Lazer (SEEC), o artigo traz como resultado a compra de mais de 300 toneladas de produtos agroecológicos e a distribuição de 215 mil kits em mais 600 escolas da rede estadual. As políticas públicas de incentivo à agricultura familiar contribuíram para a valorização dos produtores familiares e dos produtos agroecológicos, mostrando que é possível um novo paradigma centrado no desenvolvimento sustentável.