RESUMOA Caatinga, vegetação predominante da região semiárida do nordeste do Brasil, é formada por plantas com mecanismos eficientes que garantem a sua permanência no ecossistema. Seus estratos herbáceo, arbustivo e arbóreo fornecem alimento para os animais e diversos produtos para o homem e mantêm o banco de sementes como reserva para a recomposição florística. O objetivo deste trabalho foi comparar a densidade, a composição e a diversidade do banco de sementes de três áreas de Caatinga manejadas: área com plantio de craibeiras (A1), área degradada (A2) e área com plantio de juremas+sabiá (A3), localizadas na Fazenda Nupeárido, pertencente à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos -PB, Brasil. Cinco amostras de serapilheira + solo de cada área foram coletadas e levadas ao Viveiro Florestal da UFCG e mantidas sob sombrite de 50% de redução solar e um regime de irrigação manual diária, onde permaneceram por 90 dias para contagem e identificação dos indivíduos emergentes. A densidade de plântulas foi comparada entre as três áreas através do teste do χ 2 com P<0,05. A diversidade florística e a riqueza de espécies foram avaliadas utilizando os índices de Shannon-Wiener (H') e de uniformidade de Pielou (e'), respectivamente. O banco de sementes foi composto predominantemente de espécies herbáceas nas três áreas e o estoque de sementes de espécies arbóreas teve incremento significativo na área de craibeiras resultante da presença prolongada de animais atraídos pelo conforto térmico local, proporcionado pelas copas. Palavras-chave: dispersão de sementes; Caatinga; índice de diversidade. ABSTRACTCaatinga, the predominant vegetation type of the semiarid region of northeastern Brazil, is composed by plants showing efficient mechanisms to keep them in the ecosystem. The herbaceous, bush and tree strata provide food for animals and several products for human use, and supply seedbank with propagules to assure plant recovery. The objective of this study was to compare seedbank density, composition and diversity of three sites with different vegetation physiognomies: craibeira plantation site (A1), degraded site (A2) and juremas + sabia plantation site (A3), located at the Nupeárido Experimental Station/Federal University of Campina Grande (UFCG), Patos, PB state, Brazil. Five litterfal + soil samples were collected in each site and taken to the Forest Nursery of UFCG Campus in Patos and kept under a 50% solar radiation reduction plastic
RESUMO:Objetivando avaliar a decomposição da serapilheira e a atividade microbiana em área de Caatinga preservada, conduziuse um experimento na Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Tamanduá, em Santa Terezinha, Estado da Paraíba. A taxa de decomposição foi determinada com o uso de sacolas de náilon, contendo 30 g de serapilheira, que foram dispostas na superfície do solo em setembro de 2003, sendo retiradas 20 sacolas mensalmente até setembro de 2005. O material coletado foi seco em estufa e pesado para avaliar a perda de peso em relação ao peso inicial. A atividade microbiana foi estimada mensalmente pela quantificação do dióxido de carbono (CO 2 ) liberado no processo de respiração edáfica, a partir da superfície do solo, e capturado por solução de KOH. A perda de peso da serapilheira, após um ano, foi de 41,19% e, após dois anos, foi de 48,37%, evidenciando uma decomposição mais acelerada no primeiro ano. A análise dos dados mostrou a influência da estação do ano na decomposição de serapilheira e da temperatura na atividade microbiana.Palavras-chave: Resíduos florestais, respiração edáfica, floresta seca. RATE OF LITTER DECOMPOSITION AND MICROBIAL ACTIVITY IN AN AREA OF CAATINGA INTRODUÇÃOA Caatinga apresenta variada cobertura vegetal, determinadas em grande parte, pelo clima, relevo e embasamento geológico (RODAL et al., 2008). A caducidade natural de material vegetal forma uma camada de serapilheira que protege o solo na estação seca e, logo nas primeiras chuvas é iniciada a incorporação ao solo por ação dos microrganismos decompositores, configurando o principal processo de ciclagem de nutrientes.A serapilheira sofre, inicialmente, decomposição parcial da mesofauna concomitantemente à ação decompositora dos microrganismos. Parte do carbono presente nos resíduos é liberada para a atmosfera como CO 2 e o restante passa a fazer parte da matéria orgânica do solo (BAYER; MIELNICZUK, 1999). Koukoura et al. (2003) afirmam que as espécies de plantas em ambientes semiáridos podem diferir quanto às taxas de decomposição por causa de variações interespecíficas na qualidade da serapilheira em particular.Os métodos que têm sido bem utilizados para estimar a decomposição da serapilheira são através da respiração do solo (determina a produção de CO 2 pela atividade biológica do solo), o valor K, (que é a relação entre a quantidade de material que cai do dossel e a que está depositada sobre o solo), e avaliações diretas por meio de medidas da perda de massa em sacolas de náilon (ANDRADE, 1997).Para Savin et al. (2001), a respiração edáfica é um método comum e simples de avaliar a atividade biológica no solo. Vanhala (2002) relata que esse é um método que permite estimar a atividade microbiana total, sendo de fácil execução e baixos custos. A taxa de respiração edáfica, medida no campo, reflete a emissão real do CO 2 no solo florestal, estimando, por exemplo, o estoque de carbono do ecossistema.
A aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão) vem sendo explorada de forma desordenada, ocasionando redução drástica no número de indivíduos, fazendo com que passasse a fazer parte da lista de espécies ameaçadas de extinção, sendo oportuna a prioridade da conservação. No entanto, pouco se sabe a respeito de aspectos relacionados à sua fisiologia, principalmente acerca dos mecanismos fisiológicos que determinam sua tolerância à seca. O objetivo deste trabalho foi avaliar as trocas gasosas e o acúmulo de solutos orgânicos em plantas jovens de aroeira submetidas ao déficit hídrico e posterior recuperação. Plantas com doze meses de idade, mantidas em sacos plásticos pretos, contendo 5 kg de uma mistura de solo e esterco bovino (2:1) foram submetidas aos tratamentos irrigados (controle) e de déficit hídrico, o qual foi imposto através da suspensão da irrigação. Decorridos 12 dias de déficit hídrico, as plantas foram reidratadas. As plantas sob déficit hídrico apresentaram teor relativo de água de 70% ao final do período de estresse. O déficit hídrico promoveu redução progressiva na condutância estomática, na transpiração, na fotossíntese líquida e na eficiência no uso da água das plantas. A concentração intercelular de CO2 e as concentrações foliares de açúcares totais e aminoácidos solúveis totais aumentaram. Após a retomada da irrigação, ocorreu rápida recuperação no teor relativo de água, mas a recuperação da condutância estomática e da fotossíntese líquida ocorreu mais lentamente. As plantas de aroeira foram capazes de recuperar o status hídrico e o funcionamento do mecanismo estomático e fotossintético após a recuperação, demonstrando tolerância ao déficit hídrico. Palavras
-The objective of this work was to compare forage production and quality of thorny and thornless "jurema-preta" (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret) in a dense planted stand, subjected to annual pruning of fine branches, in Patos, PB, Brazil. The experiment consisted of two treatments (thornless and thorny "jurema-preta") in a complete randomized block design, with ten replicates of two linear plots subdivided in time. Forage mass and chemical composition of fine branches and the basal diameter of plants were measured during five years. Pruning decreased (p<0.05) increments in basal diameter and forage production. Annual dry matter yields reached 4,108 and 5,833 kg ha -1 , respectively, for thornless and thorny plants, and forage quality was similar (p>0.05) for both genotypes. This roughage fodder (minimum NDF and ADF averages were 56±1.1% and 43±1.0%, respectively) had low P and K concentrations. Its average crude protein content was greater than 9.9±0.5%, which exceeds the minimum necessary for animal maintenance. Both "jurema-preta" genotypes tolerated pruning of fine branches and contributed with a significant amount of roughage fodder for animal maintenance in the dry season.Index terms: Mimosa tenuiflora, semiarid zones, legume tree. Produção e qualidade da forragem de jurema-preta com e sem acúleos em plantio adensadoResumo -O objetivo deste trabalho foi comparar a produção e qualidade da forragem de jurema-preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret) com e sem acúleos, em plantio adensado, submetida ao corte anual dos ramos finos, em Patos, PB. Utilizou-se delineamento em blocos casualizados, com dois tratamentos (plantas sem acúleos e plantas com acúleos), com dez repetições de duas parcelas lineares subdivididas no tempo. A produção e composição química da forragem de ramos finos e o diâmetro basal das plantas foram medidos durante cinco anos. A poda diminuiu (p<0,05) o incremento anual do diâmetro basal e a produção de forragem. A produção anual de matéria seca atingiu 4.108 e 5.833 kg ha -1 , respectivamente, em plantas sem e com acúleos, de qualidade forrageira semelhante (p>0,05) para os dois fenótipos. Este volumoso -valores médios mínimos para FDN e FDA: 56±1,1% e 43±1,1%, respectivamente -mostrou-se pobre em P e K. Seu teor médio de proteína bruta acima de 9,9±0,5% superou o mínimo necessário para a manutenção animal. Os dois genótipos toleraram a poda dos ramos e contribuíram com uma quantidade significativa de volumoso para a manutenção de ruminantes na estação seca.Termos para indexação: Mimosa tenuiflora, trópico semi-árido, leguminosa arbórea.
This study aimed to evaluate the effects of potassium fertilization on Myracrodruon urundeuva, Libidibia ferrea and Mimosa tenuiflora seedlings submitted to a short period of water deficit. Three doses of K (0, 150 and 300 mg dm-3 KCl) and three water regimes (without water deficit, moderate water deficit and severe water deficit) were evaluated. The plants were kept in black plastic bags containing soil from the Caatinga and, 30 days after the beginning of the water regimes, the relative water content (RWC), transpiration (E), stomatal conductance (gs) and photosynthesis (A) were evaluated. High moisture content in the soil was unfavorable to plants, promoting reduction in RWC and gas exchange. The water deficit increase E, gs and A, but the intensity of these responses was variable between species. The water deficit favored L. ferrea, with elevated RWC and reduced alterations in gas exchange, demonstrating its greater tolerance in relation to the others species evaluated, however it was the species most benefited by K. The supply of 300 mg dm-3 of KCl positively influenced the water status and gas exchange of the studied species with an increase in the water deficit. We suggest the development of research subjecting the plants to a longer period of time, in order to establish a better relationship between potassium and the increased tolerance of these plants to water deficit.
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