Objetivo: Descrever os fatores sociodemográficos e ocupacionais e avaliar a prevalência de transtornos mentais comuns em trabalhadores das Estratégias de Saúde da Família (ESF) em Santa Cruz do Sul, RS. Métodos: Estudo com abordagem epidemiológica, de corte transversal e quantitativo, realizado no período de junho a agosto de 2013. Foram avaliados 83 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros, técnicos/auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde, atuantes nas 11 unidades de saúde da família do município. O instrumento de pesquisa constituiu-se em um questionário autoaplicável, englobando aspectos sociodemográficos, ocupacionais e questões pertencentes ao Self-Reporting Questionnaire. Resultados: A idade média dos participantes foi de 37,1±8,9 anos, sendo a maioria agentes comunitários de saúde, do sexo feminino, casadas, com filhos, renda per capita de até 2 salários mínimos e ensino médio completo. A prevalência geral de transtorno mental comum foi de 19,7%, estando presente em todas as categorias profissionais, e mais frequente entre os enfermeiros (25%), porém sem diferenças estatísticas. Conclusão: O presente estudo, além de caracterizar a população de trabalhadores das ESF de Santa Cruz do Sul, RS, em seus aspectos sociodemográficos e ocupacionais, identificou que o sofrimento psíquico está presente, embora em graus variados, em todas as categorias profissionais avaliadas. Frente a esses achados relevantes, sugerem-se providências que visem à prevenção e promoção da saúde mental desses profissionais
Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4. Background and Objectives:Occupational stress can be related to the emergence of physical and mental illnesses. The objective is to evaluate the association between the psychosocial aspects of work, according to the Demand-Control Model, and the occurrence of mental disorders among workers of the Family Health Strategies in Santa Cruz do Sul, RS. Methods: This was a cross-sectional and quantitative study carried out with an epidemiological approach. The study target population consisted of 89 professionals, including doctors, nurses, nursing technicians/assistants (NT) and community health workers, who comprised 11 Family Health Strategy teams in the city of Santa Cruz do Sul. We used a questionnaire containing sociodemographic, occupational, and other questions from the Job Stress Scale and the Self-Reporting Questionnaire. Results: It was found that 30.1% of the professionals showed high levels of demand and low job control, resulting in high exposure to the development of occupational stress. The prevalence of common mental disorders in professionals submitted to high strain jobs was 38%. Conclusions: Considering these results are of concern, it is necessary to take attitudes aimed at preventing or reducing work-related stress and illnesses at work.
Introdução: O trabalho é considerado um meio de inserção do indivíduo na comunidade e, além de reforçar sua identidade, lhe assegura subsídios para o sustento próprio e de sua família. Os fatores psicossociais do trabalho influenciam a satisfação pessoal e profissional, uma vez que estão intimamente relacionados à organização laboral e às capacidades do trabalhador. Nessa perspectiva, o estresse ocupacional surge como um recurso adaptativo para o enfrentamento das imposições laborais fazendo com que o trabalho seja uma importante fonte de saúde mental, física e de crescimento ou, em situações adversas, ser nocivo e adquirir um caráter patológico. Método: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo. A população foi composta por 83 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos/auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde que atuam nas 11 Estratégias de Saúde da Família (ESF) do município de Santa Cruz do Sul-RS. Os trabalhadores responderam a um questionário autoaplicável e anônimo, englobando aspectos sociodemográficos, ocupacionais e questões pertencentes à Job Stress Scale (JSS) para avaliação de aspectos psicossociais do trabalho de acordo como o Modelo DemandaControle de Karasek. Os dados foram coletados em junho a setembro do ano de 2013. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNISC, sob CAAE nº 06706912.3.0000.5343 e pela coordenação da Secretaria de Saúde do município. Resultados: Observou-se que 30,1% dos trabalhadores avaliados encontravam-se alocados em serviços de baixo controle e alta demanda, portanto, considerados altamente expostos ao estresse ocupacional e estando mais suscetíveis ao adoecimento no âmbito laboral. Além disso, 38,5% dos profissionais entrevistados foram considerados em posição intermediária ao estresse ocupacional, uma parcela relevante, já que esses profissionais poderão tornar-se grupo de alta exposição. Conclusão: Em suma, verificou-se que grande parte dos profissionais que atuam nas ESF de Santa Cruz do Sul estão expostos a estresse ocupacional e, assim, em risco de adoecimento físico e psíquico. Dessa forma, são necessárias ações que enfoquem melhorias nas condições de trabalho/ambiente laboral, bem como o cuidado da saúde mental dos profissionais. Sugerese a criação espaços de reflexões, escuta e apoio a esses trabalhadores. Resumo 73
O distanciamento social, atualmente, é a principal forma de contenção da pandemia por Corona Virus Disease (COVID-19). Entretanto, este isolamento abre precedente para uma nova epidemia em saúde pública, que é o aumento dos casos de violência intradomiciliar. Os mais vulneráveis a sofrer violência dentro de seu próprio lar são as crianças, adolescentes, mulheres e idosos. As dificuldades financeiras, a diminuição dos serviços de apoio e o aumento do tempo de convívio com agressor são alguns dos fatores de risco para a eclosão de mais casos de violência doméstica. Mesmo havendo subnotificação dos casos de violência doméstica, vários estudos apontam crescimento desse número durante a pandemia, sendo os números atuais apenas a ponta do iceberg. Apesar dos serviços de saúde enfrentarem uma exaustão de recursos humanos e financeiros, os mesmos precisam estar articulados para ultrapassar as adversidades e promover saúde às vítimas de violência doméstica, sendo os meios digitais a principal forma de capacitar as equipes para realização de acolhimento e de divulgar formas de efetuar denúncias para a população em geral.
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