Na comunidade de Barra Grande localizada no litoral do Piauí, as mulheres dos pescadores, conhecidas localmente como marisqueiras, extraem do manguezal vários tipos de moluscos para comercialização e em maior escala para a subsistência. Dados sobre a atividade de mariscagem, conceitos de conservação e aspectos socioeconômicos do contexto em que ocorre a atividade de cata dos moluscos, foram revelados após a aplicação de protocolos estruturados e semiestruturados. O molusco bivalve Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791), popularmente denominado de marisco, é caracterizado por ser um importante recurso para a subsistência, sendo o mais coletado pela comunidade, seguido da Mytella charruana (d'Orbigny, 1842), o sururu, explorado para a comercialização por ter o maior valor de mercado. O conhecimento das marisqueiras sobre A. brasiliana foi comparado com literatura especializada, muitas vezes mostrando-se em harmonia com esta. Demonstra-se assim que o conhecimento tradicional deve ser valorizado para delineamento de programas de gestão de recursos pesqueiros da região. Quanto aos modos de pensar, foi revelado que 82,81% das marisqueiras praticam manejo para a conservação da A. brasiliana ao coletar apenas os indivíduos de maior tamanho, e 80,86% consideram que não existe poluição nos pontos de coletas. O surgimento de uma Associação exclusiva e cooperativa para as marisqueiras é necessário para a valorização do trabalho por elas desenvolvido, visto que há uma média estimada de 351 kg de carne sendo extraídos mensalmente.
Este estudo avaliou o crescimento, a sobrevivência e o tempo para atingir o tamanho mínimo de comercialização (50 mm altura da concha), da ostra-de-fundo Crassostrea gasar com sementes produzidas em laboratório. As áreas de cultivo foram localizadas nos Estados do Maranhão [1-Morro do Meio (MM); 2-Torto (TT)] e Santa Catarina [1-São Francisco do Sul (SFS); 2-Florianópolis (SB)]. Oito mil sementes foram transferidas para cada local e cultivadas entre junho de 2012 e julho de 2013. O crescimento dos indivíduos em Santa Catarina foi superior ao observado no Maranhão (p<0,05). O tempo ideal de cultivo foi de 8 meses, quando os animais apresentaram média de altura da concha de 71,96(±8,05) mm em SFS; 55,31(±6,05) mm em SB; e 46,92(±9,11) mm no TT. A área do Morro do Meio (MM) foi considerada inadequada para o cultivo de C. gasar devido ao baixo crescimento ao final de 13 meses 36,20(±12,40) mm. As taxas de sobrevivência variaram entre:
The reproductive cycle of Crassostrea gasar oysters from a single origin (Federal University of Santa Catarina hatchery) was studied by culturing the species for 1 year in four distinct areas of Brazil; two of which were in tropical climates (02°44′S, 41°58′W; 02°47′S, 41°55′W) and two in temperate climates (26°28′S, 48°50′W; 27°35′S, 48°32′W). In each area, 20 individuals were collected each month for reproductive cycle analysis using standard histological techniques. Oysters cultivated in tropical climates demonstrated intermittent reproductive cycles, with individuals spawning throughout the year and rarely entering a resting stage. Oysters cultivated in temperate climates demonstrated spawning periods associated with increases in water temperatures, occurring in late spring and summer. Resting stages were clearly seen in samples from latitudes of 26 and 27 °S, with approximately 75% to 100% of the individuals in this stage between May and July.
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