Avaliação dos indicadores de qualidade de laboratórios de citopatologia cervical RESUMONeste trabalho foi avaliado o desempenho dos 13 laboratórios que realizaram o exame citopatológico para o SUS no Paraná, por meio de seis indicadores do monitoramento interno da qualidade (MIQ). Foi realizado estudo retrospectivo, baseado nos dados obtidos no programa do Ministério da Saúde, SISCOLO/CNES, dos laboratórios que efetuaram acima de 1.500 exames de Papanicolaou/ano, de janeiro de 2008 a dezembro de 2012. A avaliação da qualidade dos laboratórios foi feita pela análise do índice de positividade (IP), percentuais de exames compatíveis com ASC entre os exames satisfatórios, ASC entre os exames alterados, exames compatíveis com HSIL, exames insatisfatórios e razão ASC/SIL. Dos laboratórios avaliados, apenas um apresentou produtividade maior que 15 mil exames/ano conforme recomendação da QualiCito, e correspondeu a 82,9 % dos exames realizados no estado. O IP mostrou que 46,1 % dos laboratórios apresentaram resultado muito baixo, 38,5 % baixo, apenas 18,1 % dentro da faixa esperada. Com relação ao percentual de HSIL, 23,1 % dos laboratórios apresentaram percentual igual ou superior a 0,4 %. Portanto, os resultados deste estudo mostraram que os indicadores de qualidade do MIQ, dos laboratórios que realizaram exame citopatológico para o SUS, estão abaixo dos parâmetros recomendado pelo Ministério da Saúde. Palavras-chave. controle de qualidade, citologia, colo do útero. ABSTRACTThis study aimed at evaluating the profile of 13 laboratories that perform the Pap smear for the Public Healthcare System in Paraná State, Brazil, through six internal quality monitoring indicators (MIQ). This retrospective study was based on the data obtained from the Ministry of Health Program, SISCOLO/ CNES, including laboratories performing over 1500 Pap tests/year, from January 2008 to April 2013. The quality assessment of laboratories was performed by analyzing the positivity rate (PR), the percentage of tests compatible with ASC among satisfactory examinations, the ASC among abnormal tests, the tests compatible with HSIL, the unsatisfactory rate and the ASC/SIL ratio. Of analyzed laboratories, only one demonstrated productivity higher than 15.000 tests/year as recommended by QualiCito, and these corresponded to 82.9 % of tests performed in the State. The PR was very low in 46.1 % of laboratories and low in 38.5 %; 18.1 % of laboratories only were within the expected range. The percentage of HSIL was equal to or greater than 0.4 % in 23.1 % of laboratories. Therefore, this study showed that the quality indicators of MIQ of the laboratories performing the cervical cancer screening are below the parameters recommended by the Ministry of Health.
A realização periódica de exames citopatológicos com qualidade é atualmente a forma utilizada mundialmente no rastreamento do câncer do colo do útero (CCU), entretanto durante a pandemia do COVID-19 os exames foram suspensos temporariamente dando-se prioridade as urgências e emergências nas unidades de saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade dos exames citopatológicos do colo do útero em um município de tríplice fronteira no Paraná, por meio dos indicadores preconizados pelo Ministério da Saúde, comparando-os entre os períodos antes e durante a pandemia de COVID-19. Método: Pesquisa quantitativa, com base no sistema de informação do câncer, dos resultados de 106.029 exames citopatológicos de colo do útero das mulheres residentes no município de Foz do Iguaçu- PR, de janeiro 2014 a outubro 2021, através da análise do monitoramento interno da qualidade. Resultados: A porcentagem de exames insatisfatórios foi a 1,6%, a JEC teve uma amplitude de 36,5% a 89,3% e o total de exames realizados no período da pandemia COVID-19 reduziu com variação de 26% a 40%. O total de exames com resultados alterados foram 3.377, tendo uma variação IP% chegando a mais de seis vezes e meia, 1,0% a 6,5%, e HSIL% variou seis vezes, de 0,2% a 1,2%. Conclusão: Durante a pandemia do COVID-19, nosso estudo evidenciou um maior número de exames alterados, e uma preponderância dos carcinomas e adenocarcinomas in situ e invasivos. Esses dados podem auxiliar os gestores locais em estratégias para um adequado acompanhamento e tratamento dessas mulheres com lesões precursoras e/ou câncer do colo útero.
O câncer do colo do útero é considerado um dos cânceres mais comuns entre mulheres, representando um grande problema de saúde global, sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer na população feminina. Mediante a um estudo quantitativo e retrospectivo de dados pré-analíticos e analíticos das requisições do exame citopatológico do colo do útero, objetivou-se avaliar os resultados de exames citopatológicos de mulheres usuárias do SUS de um município do oeste do Paraná, realizados no período antes da pandemia COVID-19, de março de 2019 a fevereiro de 2020 e durante a pandemia COVID-19, de março de 2020 a fevereiro de 2021, dos exames citopatológicos alterados. Foram utilizadas as requisições de exames citopatológicos do Programa Nacional de Controle do CCU e o sistema eletrônico SISCAN como ferramentas de busca. Dentre os resultados, totalizaram-se 20.425 amostras processadas no período antes da pandemia, sendo 19.908 consideradas satisfatórias para análise oncótica, onde 1.148 (5,76%) amostras apresentaram alteração citológica. No período da pandemia, totalizaram-se 11.315 amostras processadas, sendo 11.149 amostras satisfatórias para análise oncótica, das quais 721 (6,47%) apresentaram alteração citológica. No período da pandemia, o estudo demostra que metade da população de mulheres usuárias do SUS em um município do oeste do Paraná encontra-se na faixa etária da população-alvo preconizada pelo MS, sendo que a maioria delas realizou seu exame citopatológico por motivo de rastreamento. Contudo, mesmo com a interrupção dos atendimentos eletivos, as mulheres continuaram realizando seus exames citopatológicos, sendo elucidado um discreto aumento de 0,71% das alterações citológicas no período da pandemia, quando comparado ao período anterior, demonstrando o cenário deste programa na pandemia COVID-19.
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