A enxaqueca atinge cerca de 15% da população brasileira, sendo que 11% dos indivíduos relatam uma forma transitória da doença, com sintomas aliviados em até 48 horas. Diversas teorias foram propostas para explicar sua causa, incluindo o envolvimento do V par de nervos cranianos, bem como alterações neurogênicas e vasculares. Entre as técnicas utilizadas para tratar a dor e a inflamação, destaca-se a ventosaerapia, uma antiga prática originária da Ásia, aprimorada pela china. Essa técnica envolve a aplicação de copos de vidro, acrílico ou silicone sobre a pele, podendo ser seca ou úmida, em pontos de acupuntura, áreas dolorosas e pontos de gatilho. Com o objetivo de analisar a eficácia da ventosaterapia como tratamento complementar para enxaqueca, com foco na redução do consumo de medicamentos, foi realizada uma revisão sistemática. A pesquisa abrangeu as bases de dados BVS, PubMed e Science, a seleção dos artigos ocorreu em três etapas: título, resumo e leitura completa. Os estudos que respaldaram a aplicação da técnica foram incluídos na análise, e foi elaborada uma tabela PICO (Population, Intervention, Comparison, Outcome) e um fluxograma PRISMA para justificar as exclusões e facilitar a coleta de dados. Embora haja poucos estudos sobre relacionados a ventosaterapia no tratamento da enxaqueca, os dados obtidos permitem observar sua eficácia. Destaca-se a ventosa úmida ou sangria como uma das técnicas mais promissoras, podendo ser utilizada por profissionais de saúde como ferramenta complementar na fisioterapia, com o intuito de reduzir a incapacidade causada pela intensa dor associada a essa condição.
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