Resumo A biotecnologia estuda a manipulação de material genético com o objetivo de atingir as características procuradas para determinado organismo. A modificação em alimentos busca potencializar a qualidade e resistência mantendo características sensoriais importantes daquele produto a fim de agregar valor comercial. Nas culturas de café, o isolamento de genes procura aumentar a produtividade e qualidade das espécies. Atualmente no Brasil, as espécies mais cultivadas são Coffea arabica (Arábica) e Coffea canephora (Robusta e Conilon), com características de baixa variabilidade genética e com grande extensibilidade geográfica, respectivamente. O objetivo do seguinte estudo foi, através de revisões bibliográficas, das atuais manipulações genéticas aplicadas aos cultivares de café das espécies C canephora e C. arabica, como também estudar as consequências destas modificações nas safras. Para realização deste trabalho foram utilizados artigos científicos e patentes encontradas nas seguintes plataformas de dados: Web of Science Scielo, Researchgate, Springer e Agritop; a cronologia determinada foi de 2015 a 2019, totalizando 10 artigos e uma patente. Os resultados mostraram que os métodos de transformação mais utilizados foram através da mediação por Agrobacterium, bombardeamento de partículas e propagação de plantas in vitro, cujo direcionamento propõe o desenvolvimento das espécies a fim de impulsionar a economia e propagar as espécies de café com menor tempo de plantio. Conclui-se que o método mais empregado se dá através da mediação por Agrobacterium, com ênfase na espécie A. tumefaciens. Contudo, existem novos métodos em estudo cujo potencial é de provocar maior aceitabilidade e praticidade por parte da produção de safras de café.