Objetivou-se analisar o efeito da adubação com molibdênio por meio da aplicação via foliar e solo sobre a produtividade em ambiente semiárido. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso (DBC), com nove sistemas de cultivo (consórcio sorgo-feijão com aplicação de Mo foliar, Mo via solo, consórcio sorgo-feijão sem aplicação de Mo, sorgo exclusivo com aplicação de Mo no solo, sorgo exclusivo com aplicação de Mo foliar, sorgo exclusivo sem aplicação de Mo, feijão-caupí exclusivo com Mo foliar, Mo no solo e feijão-caupí exclusivo sem aplicação de Mo). Os diferentes sistemas de cultivo afetaram significativamente a produtividade em massa fresca do primeiro corte do sorgo, com melhor resultado para o tratamento sorgo exclusivo com aplicação de molibdênio via foliar, apresentando uma produção de 57,66 Mg ha-1 de matéria fresca. Os menores valores foram encontrados no tratamento sem molibdênio no sistema consorciado, apresentando uma média de 21, 94 Mg ha-1. No segundo ciclo, os melhores resultados de matéria fresca foram obtidos a partir do tratamento sistema consorciado com aplicação de molibdênio via foliar, com uma média de 22,69 Mg ha-1 de massa fresca. As menores médias foram os tratamentos sorgo exclusivo sem aplicação de molibdênio e sorgo exclusivo com molibdênio via solo. Os sistemas de cultivo influenciaram a produtividade do feijão, apenas no segundo ciclo, onde a maior produção foi alcançada com o feijão exclusivo e com molibdênio foliar. O Mo foliar promoveu maiores incrementos de massa verde e seca, enquanto a adubação via solo, mostrou-se ineficiente. Atrelado a isso, a utilização de sistema consorciado apresenta maior eficiência quando associada a aplicação de molibdênio foliar.

Nas regiões áridas e semiáridas é indispensável à busca de estratégias que favoreçam o cultivo de plantas forrageiras, como a utilização de espécies forrageiras resistentes ou tolerantes às condições climáticas locais, assim como o uso de práticas de manejo, como o consórcio de culturas, devido a pecuária ser a principal atividade econômica desenvolvida nessas regiões. O consórcio promove um aumento na produtividade das plantas cultivadas por área, no entanto, quando consorciadas, ocorre competição interespecífica entre as culturas, diminuindo o rendimento individual das plantas. Nesse sentido, esta revisão objetivou explicitar conceitos e aplicabilidade dos indicadores de eficiência biológica e habilidade competitiva de consórcios de plantas forrageiras xerófilas, para melhorar a eficiência e o manejo desses sistemas. Para realização desta revisão, foram feitas buscas nas bases de dados: Google Acadêmico, Periódicos CAPES, SciELO e Scopus. O cultivo de plantas forrageiras xerófilas é uma alternativa para garantir oferta de alimento de qualidade e em quantidade para os animais em ambientes áridos e semiáridos ao longo do ano, principalmente no período de estiagem. A aplicação dos índices biológicos e habilidade competitiva em sistemas consorciados auxilia no entendimento das relações interespecíficas entre as culturas consorciadas, bem como os benefícios econômicos e aspectos essenciais de cultivo.

A salinidade é um dos efeitos abióticos que mais prejudicam no crescimento e desenvolvimento das culturas. A alface é considerada moderadamente sensível à salinidade apresentando reduções em sua produção quando submetida a tais condições. Nesse sentido, objetivou-se avaliar as características morfofisiológicas e de produtividade de duas cultivares de alface sob diferentes níveis de salinidades da água de irrigação. O experimento foi conduzido no período de maio a junho na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), em Serra Talhada – PE. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizados em esquema fatorial 2 x 4, com seis repetições, totalizando 48 unidades experimentais. Os tratamentos resultaram da combinação de duas cultivares de alface (Folha Roxa Quatros Estações e Grandes Lagos Americana) com quatro níveis de salinidade da água de irrigação (N1-0,0; N2-0,9; N3-1,2 e N4-3,0 dS m-1). Os diferentes níveis salinos foram obtidos pela dissolução de cloreto de sódio (NaCl). Foram realizadas análises biométrica, produtividade e fisioquímicas. A cultivar folha Roxa Quatro Estações apresentaram um maior número de folhas vivas e totais e diâmetro do caule. Ambas as cultivaram apresentaram tolerância semelhante quando submetida à irrigação com água salina.

Os estresses salino e hídrico são parte dos principais fatores que limitam a produção agrícola. Em regiões semiáridas, esses estresses são potencializados devido às altas taxas de evapotranspiração e baixa precipitação pluviométricas. Porém, o fornecimento de água por irrigação e nutrientes via adubação pode favorecer a maximização de produção das culturas. Nesse sentido, objetivou-se avaliar o desempenho agronômico e nutricional de sorgo e milheto, submetidos a diferentes lâminas de irrigação e doses crescentes de nitrogênio. A pesquisa foi realizada na Unidade Acadêmica de Serra Talhada-PE. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, dispostos em parcelas subdivididas, com quatro repetições, arranjados em esquema fatorial 4 x 4, referentes a 4 lâminas de irrigação (28%, 36%, 44%, 52% ETc) e 4 doses de nitrogênio (0, 100, 200, 300 kg ha-1), adotando o sistema Sorgo + Millet, sendo o sorgo a cultura principal. A semeadura foi realizada em 7 de abril de 2017, com média de 14 plantas por linear. As lâminas de irrigação foram baseadas na ETc (ETc = ETo x Kc do sorgo). A adubação nitrogenada consistiu no parcelamento de 1/3 na semeadura e 2/3 na cobertura. Ao final de cada ciclo da cultura, a altura da planta e o diâmetro do caule foram medidos, o número de folhas vivas foi contado, a produção de massa verde e seca foi estimada, o teor de N-total, Na+, K+ e Cl- foram determinados. Os dados foram submetidos à análise de variância e as variáveis ​​ajustadas ao modelo de regressão, por meio do software SAS. A adubação nitrogenada e a irrigação com água salina beneficiaram o crescimento da cultura do sorgo e do milheto. O nitrogênio favorece a absorção de N-total e potássio pelas plantas e inibe a absorção de cloreto e sódio.