Com o objetivo de investigar a presença de vetores de Leishmania e inferir sobre o risco de transmissão de leishmanioses a humanos, foi feito um levantamento de flebotomíneos em área endêmica para leishmaniose tegumentar americana na Serra do Tepequém, localizada no Município de Amajari, Estado de Roraima, Brasil. Os flebotomíneos foram capturados no período de agosto de 2008 a maio de 2009, utilizando-se quatro armadilhas luminosas tipo CDC instaladas a um metro de altura do solo, no interior de floresta primária. Foram capturados 2.230 espécimes distribuídos em 11 subgêneros, quatro grupos de espécies e 38 espécies. Lutzomyia eurypyga foi a espécie mais abundante, representando 72% dos flebotomíneos capturados. O encontro de L. anduzei, L. ayrozai, L. antunesi, L. davisi, L. flaviscutellata, L. hirsuta, L. paraensis, L. squamiventris squamiventris, L. ubiquitalis e L. umbratilis, vetores comprovados ou suspeitos de leishmânias na Região Amazônica, indica risco de transmissão da doença a humanos na área de estudo. Registram-se pela primeira vez no Estado de Roraima as espécies L. georgii e L. longipennis.
Com o objetivo de identificá-la, avaliar os efeitos da alteração da vegetação sobre ela e indicar os prováveis vetores de Leishmania para humanos, foi feito um levantamento da fauna flebotomínica presente em uma área endêmica para leishmaniose tegumentar americana (LTA) no Município de Caroebe, região sul do Estado de Roraima, Brasil. Os flebotomíneos foram capturados no período de junho de 2009 a maio de 2010, utilizando-se armadilhas luminosas CDC instaladas a 1 m do solo, na floresta primária e na floresta alterada. Foram capturados 1.574 espécimes distribuídos entre 16 subgêneros e/ou grupos de espécies e 54 espécies. O subgênero Psychodopygus foi o mais abundante, com 46% do total de espécimes capturados, seguido do grupo Oswaldoi (14,5%) e dos subgêneros Nyssomyia (12,9%) e Trychopygomyia (9,3%). Verificou-se uma redução da riqueza e da diversidade, além de uma modificação nas relações de dominância existente entre as espécies da floresta alterada, quando comparadas com as da floresta primária. O encontro de várias espécies vetoras, comprovadas ou suspeitas, indica risco de transmissão de Leishmania a humanos, tanto na floresta primária quanto na floresta alterada. Registram-se, pela primeira vez no Estado de Roraima, as espécies L. bispinosa, L. pennyi e L. yuilli pajoti.
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