Resumo:No De optimo genere oratorum encontram-se as premissas de uma Retórica da Tradução em Cícero (106-43 a. C.), já que ali é prescrito um conjunto de procedimentos discursivos considerados necessá-rios para a eficácia da operação tradutora. Ao reler as ideias de Cícero sobre tradução, este artigo pretende apresentar alguns aspectos teóricos importantes e mostrar sua prática tradutória através do comentário de uma versão de Homero feita por ele.
Abstract:Within the De optimum genere oratorum we can find the statements of a Rhetoric of Translation (106-43 B. C.) where Cicero defines a set of discursive rules considered necessary for an efficient translatorial act. As his ideas about translation are reviewed, this article aims to present some important theoretical aspects of Cicero's thought and to display his practice through the commentary of a short excerpt from Homer translated by him.ntender o De optimo genere oratorum como um primevo manual de tradução não é apenas especulação de leitores modernos. A Antiguidade já lhe prestava esse tratamento. Desde o pagão Horácio 2 ainda no século I a. C. até o cristão Jerônimo (c. 340-420) podem ser encontrados rastros do pensamento tradutório ciceroniano. Esse último na Epístula a Pamáquio, ou De optimo genere interpretandi, manifesta ter em consideração que as premissas tradutórias do De optimo genere oratorum constituem uma espécie de manual ao se referir a Cícero como magistrum huius rei, "mestre deste assunto [i. e, de tradução]" e à matéria ali tratada como sermo, na acepção de "discussão sobre um tópico literário, científico" (Ad Pammachium, 5).
<p>Neste artigo, vamos mostrar particularidades da construção da ilusão teatral na comédia grega antiga e tomaremos <em>Acarnenses </em>(425 a.C.), de Aristófanes, como obra de análise, fazendo a investigação das marcas linguísticas que podem denotar a ruptura da ilusão. Para tal, faz-se necessário avaliar a estrutura enunciativa e definir quais são os enunciadores e os enunciatários do discurso.</p>
Resumo: Este ensaio discute a importância de se revisarem as leituras dos textos da Antiguidade, a partir de ganhos teóricos da atualidade. A autora parte da análise do espaço cênico de Lisístrata de Aristófanes para demonstrar que a greve de sexo tem função conservadora em tal comédia, mas que as abordagens teóricas modernas, principalmente os estudos críticos que observam os grupos subalternos como constituintes da história, permitem observar que os papéis sociais das mulheres na Antiguidade são maiores e mais importantes do que se quer fazer pensar. A partir disso, observa-se que as recepções fílmicas A fonte das mulheres e Chi-raq exploram aspectos que já aparecem em Lisístrata, expandem a discussão para o contexto moderno e, ao mesmo tempo, lançam luz ao texto do passado.
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