As cidades inteligentes, como aposta para a gestão urbana, têm despertado a atenção de pesquisadores e gestores públicos ao redor do mundo. Em 2020, na Região Nordeste do Brasil, 36 municípios estão categorizados como “cidades inteligentes”. Este artigo descreve os métodos usados para analisar, visualizar e discutir algumas informações sobre essas 36 cidades. A utilização de mapas temáticos permitiu demonstrar, numa perspectiva espacial, algumas características desses municípios, e sua associação ao uso de métodos de mineração de dados e a uma perspectiva teórica crítica mostrou-se útil para compreender as dinâmicas territoriais das cidades inteligentes. Ao combinar variáveis das cidades pesquisadas, a análise de componentes principais e o agrupamento hierárquico identificaram automaticamente similaridades e diferenças entre elas. Em comparação com as metrópoles e capitais incluídas neste estudo, e tomando-se como referência a REGIC 2007, os resultados mostram-se úteis para identificar as cidades com potencialidades para melhor promover e/ou abrigar dinâmicas territoriais características de cidades inteligentes, que são: Jaboatão dos Guararapes-PE, Olinda-PE, Igarassu-PE, São Lourenço da Mata-PE, Moreno-PE, Itapissuma-PE, que fazem parte da Região Metropolitana de Recife; e Parnamirim-RN, pertencente à Região Metropolitana de Natal.
Resumo: Uma análise geográfica da saúde compreende que o Sistema Único de Saúde-SUS é uma norma nacional contraditória, pois sua consolidação ocasiona fixos (unidades básicas de saúde-UBS, hospitais etc.) e fluxos (formulação e execução de políticas, deslocamento de pessoas em busca de atendimento, por exemplo), tendo no lugar, por meio das práticas sociais cotidianas o revelar de tal contradição. Disso decorre a importância de considerar o estudo do que Santos (2002) denomina de o "mais pequeno", para o qual é o mais difícil de ser estudado, em virtude da complexidade que permeia o lugar, lócus de realização da existência. Desse modo, o conhecimento detalhado do acesso aos serviços e equipamentos de saúde, educação e lazer, das condições do meio e das práticas sanitárias presentes no bairro Guarapes, Natal/RN são fundamentais para uma leitura geográfica da saúde com base no lugar.
Mudanças decorrentes do processo de industrialização e urbanização acelerada a partir da década de 1950, produziram no território brasileiro novas formas e conteúdos, como uma infraestrutura do conhecimento que pode ser exemplificada pela presença dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), cuja capilaridade alcança, na Região Nordeste, nove estados da federação. O artigo analisa a importância dessa Instituição na criação de produtos e patentes, considerando sua relação com os paradigmas de uma cidade inteligente e humana preconizados pela Rede Brasileira de Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis (REDE CHICS). Procurou-se compreender os Institutos Federais (IFs) como fixos geográficos que compõem a infraestrutura do conhecimento da região que contribuem para promoção de novas dinâmicas nos municípios que estão instalados. A metodologia compreendeu levantamento bibliográfico e documental; portais de revistas, periódicos, bancos de teses e dissertações. Organização de um banco de dados a partir de informações obtidas no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pesquisa em sítios eletrônicos dos IFs. Os dados obtidos resultaram na produção de mapas, gráficos e tabelas, que contribuíram para ratificar a relevância dos IFs para a produção de pesquisas, produtos e patentes. Também contribuem para refletir sobre o quadro de seletividade, diferenciação e desigualdade socioespacial decorrentes do estabelecimento da agenda das cidades inteligentes e humanas na região.
O objetivo do artigo é analisar as regionalizações produzidas pelo Estado do Rio Grande do Norte durante os anos de 1960 e 1970, as quais são bases de referência para as regionalizações atuais com vistas a ação planejada. Ao tomar essas regionalizações como referência para direcionar suas ações, prioritariamente para as cidades polos, o Estado ajudou a mascarar problemas e dificuldades relacionadas ao uso do território. Para a análise foram utilizados seis documentos, a saber: 1) Regiões Polarizadas do Rio Grande do Norte (1968); 2) Diagnóstico Estrutural do Estado – Rio Grande do Norte (1975); 3) Planejamento Plurianual (PPA) do RN 2004-2007; 4) PPA-RN 2008-2011; 5) PPA-RN 2012-2015; 6) PPA-RN 2016-2019. A cartografia produzida e as bases analíticas utilizadas resultaram na definição de dois tipos de regiões no território norte-rio-grandense: Regiões de Ação Necessária (RANs) e Regiões de Ação Prioritária (RAPs), as quais são expressas em mapas formulados a partir da utilização do software livre PhilCarto. Sua produção considerou o território usado como categoria de análise e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) como variável-chave. Cet article cherche à analyser les régionalisations produites par l’État du Rio Grande do Norte entre les années 1960 et 1970, ces processus servant de base de référence pour les régionalisations actuelles en vue d’une action planifiée. En prenant ces régionalisations en tant que références-phares de ses actions, notamment pour ce qui concerne les villes-pôles, l’État a contribué à masquer les problèmes et les difficultés liées à l’usage du territoire. Notre analyse s’appuie sur six documents, à savoir : 1) Régions polarisées de Rio Grande do Norte (1968) ; 2) Diagnostic structurel de l’État – Rio Grande do Norte (1975) ; 3) PPA-RN 2004-2007 ; 4) PPA-RN 2008-2011 ; 5) PPA-RN 2012-2015 ; 6) PPA-RN 2016-2019. De la cartographie produite ainsi que des sources analytiques il résulte la définition de deux types de régions dans le territoire norte-rio-grandense : les Régions d’Action Nécessaire (RANs) et les Régions d’Action Prioritaire (RAPs), lesquelles sont représentées dans des cartes formulées partir de l’utilisation du logiciel libre PhilCarto. Pour leur production nous avons considéré le territoire utilisé comme catégorie d’analyse et l’indice de développement humain municipal (IDHM) comme variable-clé.
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