A strategic plan aimed at the rational use of antimicrobials based on educational and interventionist practices can help the infection control professional to adjust the routines to improve healthcare quality.
A educação dos profissionais de saúde (PS) é uma das principais estratégias para a adoção de práticas seguras no trabalho em saúde. É uma ferramenta que contribui para que os trabalhadores se conscientizem sobre as consequências de suas práticas e a aderência das precauções e medidas de biosegurança, inclusive a prevenção de acidentes com pérfuro-cortantes no exercício profissional. 1 O ambiente de trabalho hospitalar é considerado insalubre por agrupar pacientes portadores de diversas enfermidades infectocontagiosas e viabilizar procedimentos que oferecem riscos de acidentes e doenças para os PS. Para que as condições do trabalho se tornem mais seguras, se faz necessário medidas estruturais e organizacionais que visem a mudança de comportamento destes, através de esforços conjuntos do serviço e de seus trabalhadores. Para elaborar estas ações é preciso considerar a inserção do trabalhador no grupo e nos processos de trabalho, além de sua vida social e o desgaste emocional dado pelo contexto sócio-econômico-cultural no qual o trabalho está inserido. Além disso, requer um trabalho interdisciplinar e intersetorial na prevenção de doenças ocupacionais e promoção de saúde na assistência, garantindo um suporte psicossocial e que defenda seus interesses, quando necessários. Estas medidas devem ser trabalhadas em conjunto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho(SESMT), Comissão Interna de Prevenção de Acidentes(CIPA), Comissão de Controle de Infecção(CCIH), Serviço de Educação Continuada e demais setores que se encarregam de educação e vigilância em saúde nas instituições. Para disponibilizar condições de trabalho mais seguras, as instituições precisam organizar e estruturar os seguintes processos de trabalho: vacinação dos PS conforme legislação; protocolos de utilização de equipamentos de proteção individual; protocolos de precauções padrão e precauções estendidas (precaução de contato, gotícula, aerossóis e proteção); plano de gerenciamento de resí-duos e utilização de dispositivos de segurança conforme legislação vigente; planejamento de estruturas físicas que favoreçam a adoção de práticas corretas (lavatórios e nichos com solução alcoólica para higienização das mãos, lixeiras com acionamento de pedal, caixas de pérfurocortantes acessíveis) e fluxograma para atendimento do trabalhador vítima de acidente de trabalho. [2][3][4] Conforme esta realidade, um hospital de ensino do sul do Brasil, desenvolve constantemente educação continuada para suas equipes de trabalho. O objetivo é evitar exposição ocupacional e elaborar estratégias para proporcionar meios adequados para que os "atores" possam exercitar um trabalho mais seguro. A implementação destas medidas se justificam, pois trata-se de um hospital de médio porte, com 849 funcionários, que atende diversas especialidades e alta complexidade em traumatologia, cardiologia e gestante/recém nascido de alto risco. No ano de 2011 a instituição atendeu 46.389 pacientes/dia, com uma densidade de incidência de precauções estendidas de...
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