O movimento de inserção dos surdos no espaço acadêmico garantido pelas legislações atuais de acessibilidade e reconhecimento de sua língua tem possibilitado avanços nas pesquisas relativas à Língua Brasileira de Sinais. Os recursos tecnológicos ampliam ainda mais as perspectivas destas pesquisas e interações entre as pessoas surdas. A Universidade Federal de Santa Catarina em convênio com mais 18 instituições de ensino públicas e com apoio do Ministério da Educação tem explorado estes recursos e o espaço conquistado para ampliar o léxico de Libras de forma responsável e consciente, especialmente nas áreas de educação e linguística. Ciente da relevância deste movimento, a Equipe de Tradução do curso de Letras-Libras vem elaborando e disponibilizando aos estudantes do curso o Glossário Letras Libras. Devido às solicitações de intérpretes, pesquisadores e instituições, este artigo tem como objetivo apresentar a dinâmica do trabalho da equipe e as possibilidades de exploração dos recursos tecnológicos existentes.
Este ensaio busca problematizar o enunciado de que o surdo é um sujeito visual no campo da Educação Matemática, bem como a propagada necessidade do uso de recursos visuais para o ensino e aprendizagem de matemática de estudantes surdos. Assim, a partir de um deslocamento de pensamento, defendemos que uma perspectiva da filosofia da linguagem de inspiração wittgeinsteiniana, antes de qualquer pedagogia, tem muito a contribuir com questões de ensino e aprendizagem (de estudantes surdos e não-surdos). Nossa argumentação é que a preocupação e o investimento no que estamos chamando de uma boa construção discursiva por parte do professor (seja ele surdo ou não-surdo) é condição fundamental para todo e qualquer processo educativo (de estudantes surdos e não-surdos). E é isso, por sua vez, que poderá favorecer a atuação do intérprete educacional, dando condições a uma boa construção discursiva em Libras.
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