Objetivo: Analisar o consumo de álcool, tabaco e outras substâncias psicoativas entre universitários do curso de Medicina, identificando os fatores que influenciam a utilização dessas substâncias. Método: Caracteriza-se como um estudo transversal, descritivo e observacional, do qual participaram 141 acadêmicos, correspondente àqueles cursando do primeiro ao oitavo período, cujos dados foram obtidos através da aplicação do questionário ASSIST – OMS Vs 3.1 e de questionário próprio para variáveis independentes. Resultados: 58,2% dos entrevistados pertenciam ao sexo feminino, em média com 20 anos de idade, cursando o 2º ano em sua maioria (30,5%). 51,1% relataram fazer uso de substâncias psicoativas, 26,2% já terem feito uso e 22,7% nunca terem utilizado. 59,63% apontou influência da faculdade de medicina no início ou aumento da utilização. A prevalência do consumo foi maior entre acadêmicos do sexo masculino e de semestres mais avançados, e menor entre os praticantes de atividades religiosas. O álcool foi a substância mais consumida, seguida de tabaco e maconha, sendo a necessidade de intervenção psicológica breve evidenciada em 36,1%, 42,9% e 46,2% desses usuários, respectivamente. Conclusão: Observa-se uma alta prevalência de utilização de substâncias psicoativas, especialmente de álcool, tabaco e maconha, cujo consumo pode ser incentivado desde o início do curso. Ainda, observou-se que uma parcela considerável dos estudantes necessita de intervenção psicológica breve acerca do uso a fim de prevenir danos cognitivos e impactos negativos na prática clínica e no aconselhamento dos pacientes.