RESUMO A urbanização no Brasil, em geral, causa diversos problemas ambientais e sociais, destacando-se os de saúde pública. O presente estudo analisou o uso de ferramentas de geoprocessamento que podem ajudar a compreender a relação entre a qualidade da água em rios e a incidência de doenças diarreicas agudas. Em um município brasileiro, realizou-se o monitoramento ambiental em pontos de um rio urbano, buscou-se informações quanto às doenças diarreicas e utilizaram-se as ferramentas de geoprocessamento: análises de distribuição espacial com a ferramenta distância mais próxima e a estimativa de densidade kernel; e análises de aglomerados com a média do vizinho mais próximo e a função K de Ripley. Entre os resultados, destaca-se: o ponto com a pior qualidade da água agrupou a maioria dos casos de doenças diarreicas, corroborando a associação clássica que relaciona este resultado às piores condições de vida; entre as ferramentas utilizadas, a estimativa de densidade kernel possibilitou a visualização espacial da aglomeração dos casos de diarreia; e a função K de Ripley comprovou estatisticamente essa aglomeração. As informações do monitoramento ambiental dos rios contribuem para identificar as possíveis causas das doenças diarreicas. As análises espaciais realizadas podem ser replicadas em outros municípios com o objetivo de identificar áreas de risco às doenças diarreicas que possibilitem ações de prevenção.
A água subterrânea, embora possa estar protegida pelo meio natural, também pode ser contaminada, especialmente em razão de aterros sanitários, despejos industriais e domésticos, atividades agrícolas e minerais, entre outras. Nesse contexto, esse estudo teve por objetivo avaliar a susceptibilidade à contaminação das águas subterrâneas no município de Ijuí no oeste do Rio Grande do Sul utilizando-se do método IS (índice de susceptibilidade) frente às áreas de preservação permanente hídricas (APPh). A susceptibilidade foi determinada a partir do método IS, que avalia os parâmetros de recarga, profundidade do nível freático, declividade, material do aquífero e uso do solo. Devido à importância das APPh na recarga do aquífero, estas foram identificadas e analisadas com especial interesse. O índice de susceptibilidade indicou que 0,36% da área total do município apresentou susceptibilidade classificada como muito baixa, 11,22% como baixa, 50,12% de moderada à baixa, 37,97% de moderada à alta e apenas 0,30% elevada. Cerca de 7% da área total do município foi identificada como área de preservação permanente, sendo que deste percentual, a maior parcela encontra-se na classe de susceptibilidade de moderada à alta (3,29%), e o restante das áreas de preservação permanente se enquadraram na classe de susceptibilidade baixa. A ferramenta metodológica utilizada mostrou-se importante na identificação de áreas de maior susceptibilidade à contaminação do aquífero, e a importância da manutenção das áreas de preservação permanente no município de Ijuí, RS.
Resumo A problemática relacionada à contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, associada à falta de monitoramento do ambiente, instigam pesquisadores e profissionais pela busca de novas fontes de informações e métodos que visem promover sua gestão adequada. Deste modo, buscando um maior conhecimento sobre a suscetibilidade à contaminação dos recursos hídricos subterrâneos do município de Frederico Westphalen-Rio Grande do Sul, Brasil, e suas potenciais fontes de contaminação. Esse trabalho combina as metodologias do Índice de Susceptibilidade (IS) com o sistema Pollutant Origin Surcharge Hydraulically (POSH), por meio de ferramentas de geoprocessamento. Para isto, construiu-se um banco de informações hidrogeológicas com base no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) do Serviço Geológico do Brasil, para os parâmetros profundidade do nível d'água e o material do aquífero. Ainda, foram levantadas informações de relevo e uso do solo a partir das imagens disponibilizadas pelo United States Geological Survey (USGS). A partir destas informações, foi determinado o IS e aplicado o método POSH para a determinação das fontes potenciais de geração de carga poluidora do aquífero local. Os resultados apresentaram um IS variando entre baixo e muito baixo em 14 % do município, moderado baixo em 55 %, moderado alto em 30% e elevado em 1 %, sendo as maiores classes encontradas ao leste do município principalmente nas áreas de cultivos agrícolas de subsistência. O emprego do método POSH indicou que as fontes potenciais de geração de carga contaminante estão localizadas nas áreas de moderada a alta susceptibilidade à contaminação, sendo essas áreas, mais sujeitas a contaminação de origem difusa, em função dos cultivos anuais, dos mananciais superficiais e subterrâneos. Portanto, conclui-se que as técnicas de Geoprocessamento, aplicadas na associação entre o IS e POSH, otimizam a identificação dos potenciais locais e fontes de poluição das águas subterrâneas, sendo úteis no monitoramento e planejamento do ambiente.
O abastecimento de água em zonas urbanas e rurais é um problema enfrentado por diversos países. No sul do Brasil, a cidade de Aratiba, representa a realidade dos municípios de pequeno porte do estado do Rio Grande do Sul, em que são abastecidos, quase por completo, por águas subterrâneas. Esta região apresenta alguns problemas que ameaçam a qualidade de suas águas subterrâneas, como o lançamento de efluentes dejetos de suínos e aves de corte sem tratamento, e o uso indiscriminado de agroquímicos. Neste contexto, essa pesquisa teve por objetivo estimar a susceptibilidade do Sistema Aquífero Serra Geral em escala municipal, por meio dos métodos do Índice de Susceptibilidade e Groundwater hydraulic confinement, Overlaying Strata e Deph to groundwater table. Para isso foram utilizadas informações do uso do solo, profundidade da água subterrânea, material do meio aquífero, recarga e topografia. Os resultados apresentaram que o município, tem um IS variando de baixa (27,09% da área municipal) a elevada (2,29 % da área), com predomínio da classe moderada a baixa (47,24 %). Já o método GOD demostrou uma vulnerabilidade variando de insignificante (13,54 %) a média (86,46 %). As metodologias aplicadas apresentaram resultados semelhantes, indicando que o aquífero apresenta condições naturais de proteção, devido a presença de rochas vulcânicas. Contudo, ressalta-se a importância da preservação ambiental, seja em escala local e/ou regional, assim reduzindo os riscos de impactos ao meio, seja ele subterrâneo ou superficial.
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