Mentha arvensis L. é uma planta medicinal e aromática, popularmente conhecida como hortelã-japonesa, vick ou menta. As folhas são utilizadas na para fins terapêuticos, como problemas estomacais e vômitos. Óleo essencial é rico em mentol, com uso em produtos de higiene bucal, flavorizantes, aromatizantes de alimentos, bebidas, perfumaria e produtos farmacêuticos. O objetivo foi avaliar a produção de biomassa, o teor, o rendimento e composição química do óleo essencial de plantas de Mentha arvensis L cultivadas sob malhas termorrefletora e preta com diferentes níveis de sombreamento. O experimento constou do cultivo de plantas sob os dois tipos de malha (Aluminet e preta), com três níveis de sombreamento (30%, 50% e 70%) e a pleno sol (controle). Os vasos foram dispostos em delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial 2x4, cinco repetições e cada parcela composta pela média de quatro vasos (uma planta por vaso), 20 vasos por tratamento. Foram avaliadas características de produção de biomassa, teor, rendimento e composição química do óleo essencial. O tipo de malha não influenciou o crescimento, o teor, o rendimento e a composição química do óleo essencial das plantas de Mentha arvensis. O sombreamento promovido pelas malhas não incrementou a produção de biomassa, o teor e o rendimento do óleo essencial. O teor de mentol aumentou com maior sombreamento. Assim, o cultivo consorciado da hortelã-japonesa só é recomendado com espécies do mesmo porte. O cultivo com espécies que possam provocar sombreamento pode afetar o desenvolvimento da planta, teor e o rendimento de óleo essencial.
A cânfora de jardim (Artemisia alba Turra, sinonímia Artemisia camphorata Vill - Asteraceae) é uma planta aromática e medicinal, que possui propriedades analgésicas, anti-reumáticas, para picadas de insetos e contusões. Fatores ambientais como a irradiância interferem nas condições de cultivo de espécies medicinais, provocando alterações morfológicas e fisiológicas. Objetivou-se avaliar a influência de três níveis de irradiância no crescimento vegetativo, teor de óleo essencial e características anatômicas de cânfora. No Horto de Plantas Medicinais da UFLA, as mudas se desenvolveram sob três níveis de irradiância: pleno sol (100%), Aluminetâ 40% (60% de irradiância), Aluminetâ 80% (20% de irradiância). As avaliações de crescimento e teor de óleo essencial foram feitas com 6 meses e 1 ano de cultivo. Aos 6 meses, não houve diferença significativa em relação ao acúmulo de biomassa seca das folhas, já nas raízes o maior acúmulo foi a pleno sol e o menor a 20% de irradiância, a biomassa seca total foi maior a pleno sol e a 60%. O teor de óleo essencial não houve diferença entre os tratamentos. Com 1 ano de cultivo, a pleno sol apresentou maiores acúmulos de biomassa seca total, das folhas, das raízes. O teor de óleo foi maior a 60% e a 20% de irradiância. Nos ramos o maior acúmulo foi a 60% e 20% de irradiância nos dois períodos de coleta. Em se tratando das características anatômicas observou-se uma tendência no aumento da espessura dos tecidos com o aumento dos níveis de irradiância. A densidade estomática apresentou se maior a pleno sol e a 20% de irradiância. (Scott-Knott, com ns de 5%).
Lippia dulcis Trevir pertence à família Verbenaceae sendo conhecida popularmente como capim-doce. O trabalho objetivou-se avaliar a época de floração, frutificação e fatores envolvidos no enraizamento de estacas. As avaliações fenológicas foram registradas mensalmente pela manhã em 24 indivíduos (janeiro de 2016 a dezembro de 2018). A propagação por estaquia foi em dois períodos (frio e quente), com dois substratos (comercial e areia) e três tipos de estacas (apical, mediana e basal). Avaliação do enraizamento das estacas foi realizado durante o período de 30 dias com um intervalo de cinco dias cada após o transplantio das estacas (5, 10, 15, 20, 25 e 30 dias). Para a avaliação fenológica, o maior período de floração e frutificação ocorreu nos meses de julho a novembro, coincidindo com os menores valores médios de precipitação pluviométrica. As plantas apresentaram maiores números de brotações, comprimento do ramo e folhas roxas no ambiente a pleno sol. No enraizamento das estacas observou-se 100% de indução de raízes nas duas épocas, no tipo de estaca e substrato. Não houve diferença significativa para os parâmetros biométricos nos diferentes substratos. Todas as estacas apresentaram raízes e parte aérea a partir do 15º dia, após o transplante. A coleta do material vegetal para uso medicinal deve ser realizada nos meses de menor número de floração e frutificação. L. dulcis tem um rápido desenvolvimento radicular e uma eficiente percentagem de enraizamento, independentemente do tipo de estaca ou substrato.
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