Resumo. O processo de criopreservação acarreta estresse oxidativo à célula espermática e a adição de antioxidantes aos meios de refrigeração e congelação de sêmen pode auxiliar na proteção dos espermatozoides contra o dano induzido pelas espécies reativas de oxigênio (ROS), incluindo perda da motilidade de forma irreversível, peroxidação lipídica e fragmentação do DNA, interferindo na capacidade de fertilização do espermatozoide. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da adição dos antioxidantes Hidroxi butiltolueno (BHT) e extrato etanólico da casca do caule do mufumbo (Cumbretum leprosum) ao diluidor Botucrio ® para criopreservação de sêmen equino. Foram coletados quatro ejaculados de quatro garanhões da raça Quarto de Milha, por meio de vagina artificial. Após a descongelação das amostras em banho Maria a 37º C foi estimada a taxa de peroxidação lipídica dos espermatozoides pela medida do nível de malonaldeído. O delineamento experimental foi em bloco ao acaso. As variáveis de volume seminal, motilidade espermática, vigor espermático e HOST foram submetidas a análise de variância (ANOVA) utilizando-se o procedimento modelos lineares gerais (Proc GLM) e para comparação de média foi utilizado o teste Tukey, na probabilidade de 5%. A quantificação malonaldeído foi submetida à análise de variância (ANOVA), seguido de Tukey como post hoc teste, na probabilidade de 5%. Não houve diferença, pois o acréscimo de BHT nas concentrações 5, 1,0 e 2,0 mM de BHT e de extrato de mufumbo nas doses de 30, 60 e 120 mg ao diluidor Botucrio não melhorou a qualidade espermática. Desta forma, os antioxidantes não foram determinantes em promover a diminuição formação de radicais livres e, consequentemente, não melhoraram a qualidade do sêmen após a crioinjúria provocando danos à membrana dos espermatozoides. A suplementação nas doses 0,5, 1,0 e 2,0 mM de BHT e de extrato de mufumbo nas doses de 30, 60 e 120 mg ao diluidor botucrio ® não influenciou na qualidade seminal pós criopreservação.